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Carlos Costa partilha "preocupações" em relação aos preços do imobiliário

O governador admite estar em contacto com o INE para obter estatísticas sobre a evolução do imobiliário em Portugal. Separa pico imobiliário graças ao crédito, que controla, e sem essa indução, que pode trazer problemas. Mas admite que é tema em que faz sentido um maior diálogo com o Governo e legislador.

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Carlos Costa assume que está preocupado com a evolução do preço dos imobiliários. O governador do Banco de Portugal diz mesmo que este é um assunto que merece um maior diálogo com os responsáveis pela política deste sector.

 

"Se há alguém que partilha as preocupações em relação ao imobiliário sou eu", respondeu Carlos Costa na audição da comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, que ocorreu esta quarta-feira, 9 de Maio.

 

No entanto, Carlos Costa acrescentou que são poucas as estatísticas existentes sobre esta temática, admitindo que haja um contacto próximo com o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) para que seja mais fácil perceber o que se passa neste segmento.

 

O líder do Banco de Portugal sublinha que distingue dois fenómenos num eventual pico imobiliário: "o induzido pelo ciclo de crédito, esse está debaixo do controlo" – referindo a política macroprudencial em que houve recomendações aos bancos com limites, como nas taxas de esforço das prestações face aos rendimentos das famílias; e o "pico imobiliário sem haver ciclo de crédito".

 

É esse segundo factor que poderá causar preocupações para a actividade económica e, daí, para a estabilidade macroeconómica.

 

Este é, aliás, um tema que deveria ser alvo de um contacto mais próximo com o Executivo. "É por isso que um órgão como o Conselho Superior de Estabilidade Financeira, qualquer que seja o nome que tenha, justifica-se pelo diálogo entre quem assegura a estabilidade financeira e quem faz a política que tem relevância sectorial", afirmou, dizendo que há outros sectores em que o diálogo faz sentido.

 

Este conselho, no desenho inicial da reforma da supervisão financeira, é composto pelos supervisores financeiros e presidido pelo Ministério das Finanças, nos temas em que as decisões de estabilidade financeira possam ter impacto financeiro e nas finanças públicas. Carlos Costa diz que o tema do imobiliário é um dos que faria sentido aí discutir.

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