Notícia
Bairro Alto vai ter 45 fogos de Renda Acessível depois de recuperação de quarteirão
O projeto arquitetónico de recuperação daquele local, onde funcionaram os jornais A Capital e o Diário de Notícias, foi hoje apresentado pela autarquia.
18 de Novembro de 2020 às 15:26
A Câmara de Lisboa vai recuperar o quarteirão entre a Rua do Diário de Notícias e a Rua do Norte, que contará com 45 casas a preços acessíveis e um espaço dedicado à história dos jornais instalados no Bairro Alto.
O projeto arquitetónico de recuperação daquele local, onde funcionaram os jornais A Capital e o Diário de Notícias, foi hoje apresentado pela autarquia.
De acordo com o município, serão recuperados 45 apartamentos que vão ser colocados no Programa de Renda Acessível (PRA) de Lisboa e o piso térreo terá um espaço multiúsos alusivo à história dos jornais.
Dos 45 fogos, 19 serão de tipologia T0, 19 de tipologia T1, seis T2 e apenas um T3.
Fonte da Câmara de Lisboa, liderada pelo PS, disse que a intervenção representa um investimento de sete milhões de euros e que no próximo ano deverá ser lançado o concurso público para a obra.
"Tratando-se de uma área sensível da cidade, com uma série de condicionalismos urbanísticos, arquitetónicos e regulamentares, optámos por uma intervenção o menos intrusiva possível, que procura manter as características preexistentes deste conjunto, a nível sobretudo de volumetrias, a nível de tratamento de fachadas e também no que diz respeito à geometria de implantação dos vários edifícios", explicou a arquiteta da autarquia Sílvia Nereu.
A câmara decidiu, por isso, fazer uma recuperação edifício a edifício, diminuir o número total de edifícios e criar um pátio interior.
O quarteirão, que atualmente é composto por sete edifícios degradados, propriedade do município, passará a contar com apenas cinco depois das obras, mantendo os elementos originais e as fachadas, referiu a arquiteta.
"Este projeto vai transformar-se num projeto emblemático da cidade de Lisboa e da nova política de habitação. Porque o que nós aqui conseguimos fazer é mobilizar património municipal, reabilitar edifícios que estão abandonados, sem uso, e inseri-los numa estratégia de qualificação, de revitalização de uma zona com a história, com a importância que tem o Bairro Alto", salientou, por seu turno, o presidente da câmara, Fernando Medina.
O autarca destacou também a importância de construir mais equipamentos públicos na zona, como a escola prevista para o complexo Passos Manuel e o novo centro de saúde, cujas obras arrancarão "em meados do próximo ano".
A vereadora da Habitação e Desenvolvimento Local, Paula Marques, recordou que o Bairro Alto, na freguesia da Misericórdia, "já foi um bairro popular" e realçou que a autarquia quer que este seja um local "mais habitado".
Também a presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, Carla Madeira (PS), referiu que a perda de moradores "tem sido dramática", considerando "essencial trazer para a freguesia novos moradores".
A Câmara de Lisboa aprovou em março a revogação de um direito de superfície constituído à EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa para a construção de um parque de estacionamento naquele quarteirão.
Segundo as regras do Programa Renda Acessível, cada pessoa ou agregado gastará no máximo 30% do seu salário líquido na renda.
De acordo com a câmara, o valor de um T0 varia entre 150 e 400 euros, o preço de um T1 situa-se entre 150 e 500 euros e um T2 terá um preço que pode ir dos 150 aos 600 euros, enquanto as tipologias superiores contarão com uma renda mínima de 200 euros e máxima de 800.
O projeto arquitetónico de recuperação daquele local, onde funcionaram os jornais A Capital e o Diário de Notícias, foi hoje apresentado pela autarquia.
Dos 45 fogos, 19 serão de tipologia T0, 19 de tipologia T1, seis T2 e apenas um T3.
Fonte da Câmara de Lisboa, liderada pelo PS, disse que a intervenção representa um investimento de sete milhões de euros e que no próximo ano deverá ser lançado o concurso público para a obra.
"Tratando-se de uma área sensível da cidade, com uma série de condicionalismos urbanísticos, arquitetónicos e regulamentares, optámos por uma intervenção o menos intrusiva possível, que procura manter as características preexistentes deste conjunto, a nível sobretudo de volumetrias, a nível de tratamento de fachadas e também no que diz respeito à geometria de implantação dos vários edifícios", explicou a arquiteta da autarquia Sílvia Nereu.
A câmara decidiu, por isso, fazer uma recuperação edifício a edifício, diminuir o número total de edifícios e criar um pátio interior.
O quarteirão, que atualmente é composto por sete edifícios degradados, propriedade do município, passará a contar com apenas cinco depois das obras, mantendo os elementos originais e as fachadas, referiu a arquiteta.
"Este projeto vai transformar-se num projeto emblemático da cidade de Lisboa e da nova política de habitação. Porque o que nós aqui conseguimos fazer é mobilizar património municipal, reabilitar edifícios que estão abandonados, sem uso, e inseri-los numa estratégia de qualificação, de revitalização de uma zona com a história, com a importância que tem o Bairro Alto", salientou, por seu turno, o presidente da câmara, Fernando Medina.
O autarca destacou também a importância de construir mais equipamentos públicos na zona, como a escola prevista para o complexo Passos Manuel e o novo centro de saúde, cujas obras arrancarão "em meados do próximo ano".
A vereadora da Habitação e Desenvolvimento Local, Paula Marques, recordou que o Bairro Alto, na freguesia da Misericórdia, "já foi um bairro popular" e realçou que a autarquia quer que este seja um local "mais habitado".
Também a presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, Carla Madeira (PS), referiu que a perda de moradores "tem sido dramática", considerando "essencial trazer para a freguesia novos moradores".
A Câmara de Lisboa aprovou em março a revogação de um direito de superfície constituído à EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa para a construção de um parque de estacionamento naquele quarteirão.
Segundo as regras do Programa Renda Acessível, cada pessoa ou agregado gastará no máximo 30% do seu salário líquido na renda.
De acordo com a câmara, o valor de um T0 varia entre 150 e 400 euros, o preço de um T1 situa-se entre 150 e 500 euros e um T2 terá um preço que pode ir dos 150 aos 600 euros, enquanto as tipologias superiores contarão com uma renda mínima de 200 euros e máxima de 800.