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Austríaca co-proprietária do edifício Chrysler pede proteção contra credores

No final do ano passado, os ativos da Signa estavam avaliados em 23 mil milhões de euros.

29 de Novembro de 2023 às 20:10
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A austríaca Signa, do multimilionário austríaco Rene Benko, é a mais recente vítima das dificuldades que atravessam várias empresas europeias do setor do imobiliário.

Benko, um "self-made man", costumava gabar-se que apenas a família real britânica e a Igreja católica detinham mais propriedades de luxo. Esta quarta-feira, a empresa pediu proteção contra credores para poder levar a cabo um processo de reestruturação sob supervisão judicial, o equivalente ao processo especial de revitalização (PER) em Portugal.

No final do ano passado, os ativos da Signa estavam avaliados em 23 mil milhões de euros.

Entre o portefólio da empresa austríaca contava-se, em co-propriedade, o icónico edifício Chrysler, em Manhattan, bem como o Selfridges, em Londres, hotéis de luxo nos Alpes, Veneza e Viena e ainda vários edifícios, residenciais e de serviços, do segmento "premium" localizados na Alemanha, Itália e Áustria.

Caso a Signa venha a colapsar, será a maior falência no imobiliário do Velho Continente desde a crise financeira de 2008.

A queda de um império?
O pedido de proteção contra credores foi solicitado pela Signa Holding, na qual a família Benko detém uma participação de 66%. A empresa indica que o pedido surge "apesar dos esforços nas semanas recentes para obter liquidez necessária para uma reestruturação" que se revelaram "insuficientes".

O Tribunal Comercial de Viena irá nomear um administrador judicial já esta quinta-feira, mas a Signa poderá vender ativos e reestruturar a sua dívida.

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