Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Venda cruzada é uma das áreas de cooperação a desenvolver com KKR, diz Manso Neto

A Greenvolt registou prejuízos de 19 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, face a perdas de 7,8 milhões de euros no período homólogo, adiantou a empresa de energias renováveis num comunicado enviado na segunda-feira ao mercado.

Manso Neto é o presidente executivo da Greenvolt.
Paulo Calado
24 de Setembro de 2024 às 14:51
  • ...
O presidente executivo (CEO) da Greenvolt apontou esta terça-feira a venda cruzada ('cross selling') com uma das áreas de cooperação com o fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR), que desde junho é o maior acionista da empresa.

Falando durante uma conferência telefónica com analistas, João Manso Neto referiu que, "para além do reforço do balanço" e do "acesso a diferentes formas de capital" assegurados pela KKR, uma das áres de cooperação com o agora maior acionista passa pelo 'cross selling' de produtos: "Uma das áreas em que vamos começar a cooperar de forma muito específica é a DG [Geração Distribuída]", concretizou, lembrando que "a KKR tem investimentos e interesses em diversas áreas, da indústria ao imobiliário".

Numa apresentação divulgada na segunda-feira ao mercado, a empresa de energias renováveis sustenta que o facto de, em junho, a KKR se ter tornado o maior acionista da Greenvolt "já está a influenciar a direção estratégica da empresa, reforçando tanto o seu potencial de crescimento, como a resiliência do seu balanço": "O envolvimento da KKR proporciona um forte apoio e abre novas oportunidades de investimento", enfatiza.

A Greenvolt registou prejuízos de 19 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, face a perdas de 7,8 milhões de euros no período homólogo, adiantou a empresa de energias renováveis num comunicado enviado na segunda-feira ao mercado.

Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa indicou que "os resultados deste período estão em linha com as expectativas, "uma vez que refletem a fase de investimento do Grupo, com cerca de 800 MW [megawatts] de ativos em construção e o arranque de operações de DG [Geração Distribuída] em seis países".

No mesmo período, o total de rendimentos operacionais atingiu 188 milhões de euros, crescendo 42% face os primeiros seis meses de 2023.

Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) foi de 26,5 milhões de euros, uma redução de 40% em relação a igual período de 2023.

Na conferência de hoje, Manso Neto reiterou que "os resultados do segundo trimestre e do semestre eram esperados" no âmbito da estratégia da companhia, mas disse ter "claramente a perspetiva de um ano mais forte em 2024 do que em 2023".

"Tudo está normal. Num momento de crescimento forte da companhia e sem rotação de ativos, seria difícil fazer muito diferente", disse, sustentando que "a estratégia está perfeitamente de acordo com as exigências e necessidades do mercado".

Reiterando a confiança "na sua visão estratégica", a Greenvolt diz continuar "a dar prioridade à expansão da sua carteira de energias renováveis, à melhoria da sua posição no mercado e à criação de valor a longo prazo para os acionistas".

Na nota divulgada ao mercado, a Greenvolt refere que "não se verificaram operações de rotação de ativos no primeiro semestre do ano e alguns efeitos 'one-off' [únicos] imprevistos afetaram negativamente os resultados".

Ainda assim, destaca, "a estratégia de crescimento, assente numa estrutura financeira progressivamente mais sólida, com a KKR a controlar mais de 80% das ações, mantém-se inalterada".

O grupo destacou a "expectável concretização a curto prazo de transações de rotação de ativos - a primeira das quais foi finalizada em julho", a "aceleração do ritmo de execução no DG" e a "concretização de investimentos de otimização na biomassa, cujos efeitos combinados conduzirão a uma melhoria substancial dos resultados até ao final do ano".


Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio