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União Europeia falha objectivos de eficiência no consumo de energia
Os valores revelados pelo Eurostat mostram que em 2016 os países comunitários ficaram 4% e 2% acima das metas traçadas para 2020. Numa década, Portugal baixou o consumo energético em 11,2%, acima da média europeia.
A União Europeia (UE) continua a consumir mais energia do que devia, com os valores registados pelo Eurostat relativos ao ano de 2016 a ficarem ainda acima dos objectivos de eficiência que foram traçados para 2020.
No que toca ao consumo de energia primária, que mede a procura total de energia, depois do mínimo registado em 2014, o valor voltou a aumentar pelo segundo ano consecutivo, para um total de 1.543 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtoe), o que aumentou para 4% o diferencial em relação ao alvo traçado.
A disparidade para o objectivo definido para o final desta década baixa para os 2% quando é avaliado o consumo de energia pelos utilizadores finais – ou seja, excluindo aquela que é usada pelo próprio sector da energia. Ainda assim, os 1.108 Mtoe consumidos em 2016 significam que a UE volta a "furar" a meta, uma vez que nos dois anos anteriores tinha ficado abaixo do limiar de eficiência (1.086 Mtoe).
A nota divulgada pelo Eurostat esta segunda-feira, 5 de Fevereiro, mostra ainda que o chamado consumo interno bruto de energia – reflecte as quantidades de energia necessárias para satisfazer o consumo interno dentro dos limites de um determinado território – totalizou 1.641 Mtoe no espaço comunitário, com alemães e franceses a serem os mais gastadores. Numa década este valor baixou quase 11%.
Aliás, entre 2006 e 2016, apenas dois países da UE a 26 aumentaram o consumo energético: a Estónia (13,4%) e a Polónia (3,2%). Neste período, Portugal registou uma descida de 11,2%, ligeiramente acima da média comunitária. Porém, as maiores quebras no consumo, acima dos 20%, foram alcançadas pela Grécia, Malta e Roménia.