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Mais de 400 mil consumidores recorrem à Deco em 2017 com telecomunicações a liderar queixas

Mais de 400 mil consumidores recorreram à Deco em 2017, ano em que as telecomunicações voltaram a ser o sector mais reclamado, com 42.339 queixas, a maioria devido à oferta de serviços não solicitados e aumento ilegal de preços.

Bloomberg
23 de Janeiro de 2018 às 07:51
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"A oferta de serviços não solicitados, e pagos pelo consumidor, além de ser uma prática comercial desleal, representa mais um exemplo da postura das operadoras", afirma a associação para defesa dos direitos dos consumidores Deco, em comunicado divulgado.

 

No total, foram 405 mil os consumidores que recorreram no ano passado à Deco, procurando informação e apoio para a resolução de seus conflitos e, segundo a associação, 80% desses consumidores conseguiram resolver o conflito.

 

Este número representa um decréscimo face aos 460 mil consumidores que recorrerem à associação em 2016, uma descida que a associação desvaloriza e justifica com o facto de muitos motivos de queixa já terem sido resolvidos.

 

O segundo sector mais reclamado no ano passado foi o da compra e venda, com 26.194 queixas à Deco, entre as quais se destacam as reclamações relacionadas com a falta de entrega ou atraso dos produtos, a recusa de cancelamento da compra dentro do período de reflexão e a ausência de reembolso nas vendas pela internet.

 

Em terceiro lugar surge o sector da energia e água, que no ano passado tinha sido o segundo mais reclamado, devido às dificuldades de facturação, falta de envio da mesma, cobrança de consumos prescritos ou dupla facturação.

 

Em 2017, a energia e água foram motivo de 21.670 queixas, sendo novamente a falta de envio de facturação, dupla facturação, cobrança de consumos prescritos e os problemas decorrentes da mudança de comercializador e das vendas porta a porta as práticas com maior motivo de reclamação.

 

A Deco destaca ainda as queixas sobre os serviços financeiros, que ocuparam o quarto lugar no 'ranking', com 20.756 queixas, a maioria relacionadas com crédito e seguros associados ao crédito, além de comissões bancárias mais elevadas.

 

A Deco destaca ainda, no comunicado, as queixas relativas aos transportes públicos colectivos, que duplicaram.

 

"Quase três mil portugueses denunciaram, inclusivamente na nossa plataforma queixasdostransportes.pt, os atrasos, cancelamentos, supressão e alteração de percursos e horários dos transportes em todo o País", afirma a associação.

 

No transporte aéreo, a Deco destaca o cancelamento de voos da Ryanair em Setembro.

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