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Trump relança oleodutos controversos
O Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou hoje dois decretos presidenciais para o relançamento de dois controversos oleodutos: o Keystone XL, entre os Estados Unidos e o Canadá, e o Dakota Access Pipeline, no centro-oeste do território americano.
Os decretos relançam a construção dos oleodutos, que tinha sido rejeitada, e visam especificamente "a renovação dos termos e das condições" dos dois projectos, declarou Trump durante a assinatura dos documentos na Sala Oval (gabinete presidencial), cinco dias depois de ter tomado posse como 45.º Presidente dos Estados Unidos.
Esta decisão de Trump tinha sido hoje avançada pelos 'media' americanos.
Com uma extensão de 1.900 quilómetros, dos quais 1.400 nos Estados Unidos e os restantes no Canadá, o Keystone XL visa transportar petróleo bruto extraído das areias betuminosas de Alberta, no oeste do Canadá, para o Estado do Nebraska, no centro dos Estados Unidos, de onde será enviado para as refinarias americanas no golfo do México.
Este projecto foi rejeitado pela anterior administração de Barack Obama. Em finais de 2015, e sete anos depois do primeiro pedido para o licenciamento do oleoduto, Obama rejeitou o projecto Keystone XL e provocou a irritação dos republicanos.
O então Presidente norte-americano considerou que o projecto não era do interesse nacional do país e que enfraquecia a liderança americana na luta contra as alterações climáticas.
Durante a campanha eleitoral das presidenciais americanas, uma das promessas de Trump foi o relançamento do projecto Keystone XL.
"Quero vê-lo construído", declarou então o candidato republicano, advertindo na mesma altura que pretendia renegociar os termos do contrato com a sociedade canadiana TransCanada.
"Vou aprova-lo a 100%, mas quero melhores condições", declarou Trump, em maio do ano passado.
O outro decreto assinado hoje por Trump abrange o oleoduto conhecido como Dakota Access Pipeline. O projeto da empresa Energy Transfer Partners no Estado da Dakota do Norte (centro-oeste dos Estados Unidos) viu o traçado rejeitado em dezembro passado após uma intensa contestação da comunidade local de nativos americanos e de ecologistas.
A tribo Sioux de Standing Rock acusou a empresa de querer passar o oleoduto em terrenos qualificados como sagrados, onde estão enterrados os seus antepassados, mas também pelas suas reservas de água potável.