Notícia
Inflação traz insegurança aos investidores em renováveis, diz CEO da EDP
O tempo demasiado longo para os processos de licenciamento é um dos aspetos apontados por Miguel Stilwell como constrangimentos.
Na visão do CEO do Grupo EDP, Miguel Stilwell d'Andrade, a necessidade de acelerar a construção de projetos de energias renováveis para um ritmo três a quatro vezes mais rápido do que o atual, para cumprir as metas de descarbonização traçadas por Bruxelas, choca de frente com alguns "constragimentos graves".
Entre eles, diz o líder da quarta maior produtora de energia renovável do mundo, está o tempo demasiado longo nos processos de licenciamento (entre cinco e sete anos, em média) dos projetos de energia limpas.
"As coisas estão a melhorar, mas muitos países da UE ainda têm de eliminar processos burocráticos para acelerar a implementação de renováveis. Estamos longe do prazo máximo de 24 meses de licenciamento propostos por Bruxelas", disse Stilwell no seu discurso de abertura na conferência "Meeting Europe's Renewable Energy Challenge", organizada pelo jornal Politico e pela EDP, com a presença da comissária europeia da Energia, Kadri Simson, entre outros responsáveis.
Outro constrangimento à proliferação de renováveis é a insegurança que se está apoderar dos promotores e investidores, por conta inflação prolongada. Este contexto já é visível no Clean Energy Index (que representa a maior parte dos "payers" da cadeia de valor das renováveis): no último ano caiu mais de 30%, e mais de 45% nos últimos três anos, exemplificou Stilwell.
"A transição energética requer centenas de milhares de milhões de euros de capital investido em cada ano, nas próximas décadas, em projetos de longo prazo, com um tempo de vida de mais de 30 anos. Isto exige que os investidores estejam comprometidos e possam ter expectativas de que terão retornos razoáveis e adequados face ao seu investimento", disse.
No entanto, referiu o líder da EDP, "o setor das renováveis está neste momento a sofrer com os efeitos da crise macroeconómica, marcada por uma inflação mais elevada, durante um período mais longo, e também por taxas de juros que estão a afetar a confiança dos investidores na capacidade de crescimento de valor do setor".
Stilwell acrescentou ainda que o setor das renováveis tem sido abalado nos últimos dois anos por uma "combinação de tetos máximos de preços definidos por lei, impostos extraordinários e "clawbacks" na Europa e outros mecanismos transitórios que reduzem a capacidade das empresas em investir na transição energética".
"Temos de acelerar mas estamos a dar passos atrás. Não é algo positivo neste momento, infelizmente", rematou Stliwell.
Entre eles, diz o líder da quarta maior produtora de energia renovável do mundo, está o tempo demasiado longo nos processos de licenciamento (entre cinco e sete anos, em média) dos projetos de energia limpas.
Outro constrangimento à proliferação de renováveis é a insegurança que se está apoderar dos promotores e investidores, por conta inflação prolongada. Este contexto já é visível no Clean Energy Index (que representa a maior parte dos "payers" da cadeia de valor das renováveis): no último ano caiu mais de 30%, e mais de 45% nos últimos três anos, exemplificou Stilwell.
"A transição energética requer centenas de milhares de milhões de euros de capital investido em cada ano, nas próximas décadas, em projetos de longo prazo, com um tempo de vida de mais de 30 anos. Isto exige que os investidores estejam comprometidos e possam ter expectativas de que terão retornos razoáveis e adequados face ao seu investimento", disse.
No entanto, referiu o líder da EDP, "o setor das renováveis está neste momento a sofrer com os efeitos da crise macroeconómica, marcada por uma inflação mais elevada, durante um período mais longo, e também por taxas de juros que estão a afetar a confiança dos investidores na capacidade de crescimento de valor do setor".
Stilwell acrescentou ainda que o setor das renováveis tem sido abalado nos últimos dois anos por uma "combinação de tetos máximos de preços definidos por lei, impostos extraordinários e "clawbacks" na Europa e outros mecanismos transitórios que reduzem a capacidade das empresas em investir na transição energética".
"Temos de acelerar mas estamos a dar passos atrás. Não é algo positivo neste momento, infelizmente", rematou Stliwell.