Notícia
Bruxelas disponível para financiar aumento de capacidade da rede elétrica nacional
De acordo com a comissária europeia da Energia, "pela primeira vez os fundos comunitárias poderão ser usados para estender e fortalecer a rede elétrica nacional no contexto dos grandes parques eólicos flutuantes".
12 de Maio de 2023 às 16:02
A comissária europeia da Energia, Kadri Simson, apontou a falta de capacidade da rede elétrica nacional como um dos principais desafios para o desenvolvimento de projetos de energia renovável em Portugal. A responsável elogiou as "metas ambiciosas" do Governo português, nas quais se incluem os 10 GW de energia eólica offshore a instalar até 2030, mas idenficou vários constrangimentos que têm de ser resolvidos pelas autoridades para que a transição energética possa avançar.
Além das demoras nos processos de licenciamento, Simson sublinhou a necessidade de reforço da rede elétrica nacional para receber a energia produzida por todos os novos projetos de energia renovável (sobretudo solar e eólica offshore), bem como a necessidade de aumentar as interconexões entre a Península Ibérica e o resto da Europa e ainda a falta de produção de equipamentos pela indústria nacional, como torres e turbinas eólicas, por exemplo.
Depois de visitar o parque eólico flutuante offshore Windfloat Atlantic, ao largo de Viana do Castelo - na companhia do CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade -, no âmbito de uma deslocação de dois dias a Portugal, Kadri Simson frisou também perante os deputados na Assembleia da República, esta sexta-feira, que "pela primeira vez os fundos comunitárias poderão ser usados para estender e fortalecer a rede elétrica nacional" no contexto dos grandes parques eólicos flutuantes que estão a ser planeados para o mar português. O Governo já anunciou para este ano o primeiro leilão de energia eólica offshore no país.
Logo após a viagem a partir do aeródromo da Maia, para sobrevoar o parque Windfloat Atlantic, a comissária europeia lembrou que as "novas fontes de energia, da solar e também da proveniente do vento, em terra e no mar" são uma necessidade de todos. "Estamos prontos para apoiar projetos como o que vimos e que também foi apoiado pela União Europeia".
Na mesma deslocação, o CEO da EDP lembrou que o WindFloat Atlantic é "um projeto comercial, de três turbinas, de 25 megawats, que produz energia capaz de abastecer 25 mil famílias". "Este é um projeto operacional de três anos que depois queremos ver se conseguimos fazer crescer", acrescentou, assinalando que esse objetivo "depende dos planos para a economia portuguesa": "Sei que o Governo português está a trabalhar nisso e nas áreas onde possa ser possível".
Do lado do Governo, a secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, também admitiu a replicação do projeto WindFloat Atlantic ao longo da costa portuguesa. "É uma paisagem que podemos ver noutras latitudes da nossa costa, com muitos benefícios para o país, trazendo-nos energia limpa, fiável, a custos cada vez mais competitivos, e benefício para todos os portugueses".
A governante assegurou que o Governo está "muitíssimo comprometido" com este tipo de projetos. "Esta é a forma de continuar a nossa capacidade de geração do renovável".
Sobre o primeiro leilão dos 10 GW, Ana Fontoura Gouveia disse que "os trabalhos técnicos estão a decorrer para que depois o leilão possa decorrer com a segurança que todos precisamos e envolvendo, necessariamente, as unidades locais neste esforço que é partilhado por todos".
A secretária de Estado garantiu também que "na transição para as energias renováveis, Portugal está a conseguir aproveitar os fundos europeus" e que isso "faz parte do esforço que o país tem feito de transição energética e climática".
"Temos muitos investimentos em PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], designadamente, e os novos instrumentos que estão a ser criados são também aproveitados por Portugal, pela nossa indústria", disse, antes de enfatizar que a indústria nacional "está numa posição dianteira, muitíssimo bem preparada para aproveitar esses recursos e, assim, contribuir para o crescimento económico do país".
Além das demoras nos processos de licenciamento, Simson sublinhou a necessidade de reforço da rede elétrica nacional para receber a energia produzida por todos os novos projetos de energia renovável (sobretudo solar e eólica offshore), bem como a necessidade de aumentar as interconexões entre a Península Ibérica e o resto da Europa e ainda a falta de produção de equipamentos pela indústria nacional, como torres e turbinas eólicas, por exemplo.
Logo após a viagem a partir do aeródromo da Maia, para sobrevoar o parque Windfloat Atlantic, a comissária europeia lembrou que as "novas fontes de energia, da solar e também da proveniente do vento, em terra e no mar" são uma necessidade de todos. "Estamos prontos para apoiar projetos como o que vimos e que também foi apoiado pela União Europeia".
Na mesma deslocação, o CEO da EDP lembrou que o WindFloat Atlantic é "um projeto comercial, de três turbinas, de 25 megawats, que produz energia capaz de abastecer 25 mil famílias". "Este é um projeto operacional de três anos que depois queremos ver se conseguimos fazer crescer", acrescentou, assinalando que esse objetivo "depende dos planos para a economia portuguesa": "Sei que o Governo português está a trabalhar nisso e nas áreas onde possa ser possível".
Do lado do Governo, a secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, também admitiu a replicação do projeto WindFloat Atlantic ao longo da costa portuguesa. "É uma paisagem que podemos ver noutras latitudes da nossa costa, com muitos benefícios para o país, trazendo-nos energia limpa, fiável, a custos cada vez mais competitivos, e benefício para todos os portugueses".
A governante assegurou que o Governo está "muitíssimo comprometido" com este tipo de projetos. "Esta é a forma de continuar a nossa capacidade de geração do renovável".
Sobre o primeiro leilão dos 10 GW, Ana Fontoura Gouveia disse que "os trabalhos técnicos estão a decorrer para que depois o leilão possa decorrer com a segurança que todos precisamos e envolvendo, necessariamente, as unidades locais neste esforço que é partilhado por todos".
A secretária de Estado garantiu também que "na transição para as energias renováveis, Portugal está a conseguir aproveitar os fundos europeus" e que isso "faz parte do esforço que o país tem feito de transição energética e climática".
"Temos muitos investimentos em PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], designadamente, e os novos instrumentos que estão a ser criados são também aproveitados por Portugal, pela nossa indústria", disse, antes de enfatizar que a indústria nacional "está numa posição dianteira, muitíssimo bem preparada para aproveitar esses recursos e, assim, contribuir para o crescimento económico do país".