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Trabalhadores das refinarias da Galp vão estar em greve esta semana

Os trabalhadores das duas únicas refinarias de combustível de Portugal vão estar em greve esta semana em protesto contra a administração da Galp e o ministério do Trabalho.

Correio da Manhã
11 de Dezembro de 2017 às 15:10
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Os trabalhadores das refinarias da Galp vão estar em greve esta semana, com paragens previstas para as instalações em Sines e Matosinhos. Esta greve acontece em defesa da "contratação colectiva" e dos regimes de "reforma e de saúde", com o sindicato Fiequimetal a exigir o fim da "brutal ofensiva da administração contra o acordo de empresa", segundo um comunicado publicado no site do sindicato afecto à CGTP.

Este protesto também é dirigido "ao ministério do Trabalho, que continua a favorecer o lado patronal", diz a Fiequimetal. "O ministério do Trabalho continua a não cumprir o compromisso, assumido pelo próprio ministro [José Vieira da Silva], de reagendamento da reunião tripartida, para dar continuidade à negociação das justas e legítimas reivindicações dos trabalhadores", segundo o comunicado do sindicato.

A greve arrancou esta segunda-feira, 11 de Dezembro, às 7:30 e termina no domingo, 18 de Dezembro, afectando as refinarias de Sines, Matosinhos, o terminal de Leixões, a sede em Lisboa, assim como os parques de Viana do Castelo, Perafita, Boa Nova e Real.

Depois da tutela ter desmarcado uma reunião agendada para o dia 19 de Junho, Fiequimetal diz que o ministério do Trabalho "continua a fazer ouvidos de mercador, em clara subserviência aos ditames da administração".

O sindicato diz que tem insistido para que seja agendada uma nova reunião, mas que a tutela ainda não aceitou reunir-se.

"Já quando se trata de subscrever as posições patronais, o mesmo ministério está sempre disponível, de caneta em punho, para assinar despachos anti-greve", acusa a Fiequimetal.

Recorde-se que os trabalhadores da Petrogal já estiveram parados durante cinco dias no final de Julho. Nessa paragem, a Fiequimetal protestava "a ofensiva da administração contra a contratação colectiva e os direitos sociais" e exigia a melhoria "dos salários e a distribuição da riqueza produzida pelos trabalhadores".

A Galp processou em 2016 cerca de 110 milhões de barris de matérias-primas, com o crude a representar 92% do total. Os destilados médios - gasóleo e combustível para os aviões (jet fuel) - foram os responsáveis pela maior fatia da produção da empresa (46%), seguindo-se a gasolina (23%) em 2016.
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