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Trabalhadores das refinarias da Galp em Sines e Matosinhos entram em greve a 26 de Julho

As duas únicas refinarias de combustível do país vão estar paradas durante um mínimo de cinco dias. Parques de Viana do Castelo, de Perafita, da Boa Nova e do Real também vão estar sujeitos à greve dos trabalhadores.

Correio da Manhã
24 de Julho de 2017 às 16:09
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Os trabalhadores das refinarias da Petrogal em Matosinhos e Sines vão fazer greve a partir da próxima quarta-feira, 26 de Julho. As duas únicas refinarias de combustível do país vão estar assim paradas pelo menos cinco dias.

A greve na refinaria de Sines, assim como no terminal e porto desta cidade, tem início às meia noite do dia 26 de Julho e termina à meia noite do dia 30 de Julho.

Já a refinaria de Matosinhos entra em greve às 6:00 de dia 26 de Julho, prolongando-se até às 6:00 de 31 de Julho, datas que também são válidas para o terminal de Leixões e para os parques de Viana do Castelo, de Perafita, da Boa Nova e do Real.

Nas instalações da Petrogal na área de Lisboa, por seu turno, a greve é válida entre 14:00 e as 18:00 dos dias 26, 27, 28, 29 e 30 de Julho.

"A Galp não está disponível para negociar, quer impor tudo. Quer retirar direitos sem justificação", disse esta segunda-feira, 24 de Julho, ao Negócios Manuel Bravo, responsável do sindicato Fiequimetal, afecto à CGTP.

O sindicalista critica a falta de vontade da Galp em negociar com os trabalhadores e também o Governo por não querer mediar eventuais conversações entre os trabalhadores e a administração da empresa.

A Galp processou no ano passado cerca de 110 milhões de barris de matérias-primas, com o crude a representar 92% do total. Os destilados médios - gasóleo e combustível para os aviões (jet fuel) - foram em 2016 os responsáveis pela maior fatia da produção da empresa (46%), seguindo-se a gasolina (23%).

No pré-aviso de greve, a Fiequimetal diz que entre os seus objectivos estão o "parar a ofensiva da administração contra a contratação colectiva e os direitos sociais" e "melhorar os salários e a distribuição da riqueza produzida pelos trabalhadores".

O sindicato afecto à CTGP diz também estar "contra a eliminação de direitos específicos dos trabalhadores de turnos" e "contra a desregulação e o aumento dos horários, incluindo o famigerado "banco de horas" que visa pôr os trabalhadores a trabalhar mais por menos salário". Por último, a Fiequimetal diz querer "defender os regimes de reformas, de saúde e outros benefícios sociais".
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