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Tarifa social na energia já chega a mais de 820 mil famílias

Em menos de um ano do novo regime de acesso automático, o número de beneficiários da tarifa social cresceu mais de seis vezes.

Bruno Simão/Negócios
31 de Março de 2017 às 16:12
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O desconto na factura da luz e do gás natural para os consumidores mais economicamente carenciados beneficia mais de 820 mil famílias.

Desde que o Governo introduziu o novo regime de acesso automático a este desconto em Julho de 2016, que o número de beneficiários cresceu mais de seis vezes. Antes de entrar em vigor o novo regime, a tarifa social abrangia 120 mil consumidores.
"É evidente a evolução que houve na tarifa social. O ano passado eram cerca de 120 mil famílias. Hoje são mais de 820 mil famílias com direito a 33% de desconto na factura", disse o secretário de Estado da Energia no Parlamento esta sexta-feira, 31 de Março.

Jorge Seguro Sanches fazia um balanço da tarifa social a pedido do Bloco de Esquerda, o partido que propôs o novo regime de acesso que depois foi aprovado pelo Governo.

Em relação às medidas propostas pelo PS para a área de energia que iriam ser votadas esta sexta-feira no Parlamento, os deputados decidiram enviar as três propostas para a comissão de economia para aí serem discutidas. Entre as propostas inclui-se um estudo para fazer uma comparação sobre a evolução das tarifas nos mercados liberalizado e regulado de electricidade. Caso o estudo conclua que hajam falhas no mercado liberalizado, a proposta do PS abre a porta para que os consumidores regressem ao mercado regulado.

De regresso à tarifa social, os custos com este desconto na electricidade são suportados pela empresas produtoras que este ano vão pagar um total de 73,8 milhões de euros.

A EDP Produção é a empresa que paga a maior fatia, por ter mais clientes: 55,6 milhões de euros. Segue-se a Turbogás (6,2 milhões), Endesa (4,9 milhões), Tejo Energia (3,6 milhões), Hidroeléctrica Guadiana (2,9 milhões), Pebble Hydro (195 mil euros), EH Alto Tâmega e Barros (69 mil), Município Ribeira de Pena (61 mil).

Este modelo de remuneração da tarifa social tem sido criticado pelas eléctricas, em particular pela EDP, que tem a maior fatia. A companhia defende que a tarifa social passe a ser paga ou via Orçamento do Estado ou via outros clientes de energia.
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