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Relançado programa para 500 mil funcionários públicos reduzirem consumo de energia

O sector público tem metas europeias a cumprir para reduzir os consumos de energia até 2020. O Governo relançou o programa de eficiência energética para acelerar redução do consumo e atingir as metas. Em média cada funcionário público consome em energia o equivalente ao consumo médio de duas famílias.

20 de Novembro de 2017 às 12:16
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O programa de eficiência energética na administração pública foi relançado para Portugal conseguir cumprir as metas europeias de redução de consumo de energia até 2020. O programa conhecido por Eco.ap foi inicialmente lançado em 2011, mas com o prazo final a aproximar-se o Governo reconheceu que é preciso fazer mais para atingir as metas para 2020 e decidiu acelerar o programa.

 

"O programa Eco.ap foi lançado em 2011, e na altura pensou-se 'temos imenso tempo'. Mas o tempo esgota-se, agora estamos a entrar em 2018 e já só faltam dois anos", disse o presidente da Adene – Agência para a Energia, João Paulo Girbal (na foto), durante o lançamento do programa esta segunda-feira 20 de Novembro. 

 

"Cada funcionário público consome em média, em energia, o consumo médio anual de duas famílias típicas portuguesas. São números muito significativos", destacou o responsável. A Adene vai ficar responsável pela operacionalização do relançamento deste programa, sob a tutela da Direcção-Geral de Energia (DGEG) e da secretaria de Estado da Energia.

 

"A administração pública é um grande consumidor energético", reforçou João Paulo Girbal, com o sector público a ser responsável por 5% do consumo anual total do país, subindo para os 8% se for tida em conta a iluminação pública.

 

Para começar a reduzir os consumos energéticos, vão estar em campo 700 gestores locais de energia que vão ser responsáveis por propor e implementar formas de reduzir a factura energética.

 

"O programa Eco.ap tem de ser um esforço organizado e aí entram os gestores locais de energia, que são quem tem acesso a ferramentas que podem ajudar os seus organismos a fazer essa mudança", explica o presidente da Adene.

 

Além dos 700 gestores, que são funcionários públicos com formação específica, o programa também consta na divulgação de informação nos 20 mil edifícios da administração pública, que vai "indicar os comportamentos a ter para atingir poupanças".

 

"A mudança tecnológica acontece com investimento, enquanto a mudança comportamental acontece com vontade e atitude e não custa dinheiro", afirma João Paulo Girbal.

 

Este programa vai ser financiado recorrendo a financiamentos nacionais e europeus. "Em termos de orçamento, a Adene operacionaliza partes deste programa que é financiado pelo PO SEUR. Não é o programa Eco.ap que vai pagar as mudanças, existem outros instrumentos", explica João Paulo Girbal.

Além do PO SEUR, existem outros fundos destinados para a eficiência energética na administração pública como o Fundo de Apoio à Inovação, o Fundo de Eficiência Energética ou o Fundo Ambiental.

 

Também o secretário de Estado da Energia defendeu a necessidade do sector público em reduzir os gastos energéticos. "O objectivo é reduzir a factura sem onerar dinheiros públicos, muitos dos consumos que existem na administração pública portuguesa podem ser racionalizados de forma mais eficientes", disse Jorge Seguro Sanches.

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