Notícia
Reguladores europeus desaconselham criação de "tetos" nos preços da energia
Entidade que junta os reguladores de energia da União Europeia considera que "o atual desenho de mercado não deve ser culpado" pela escalada do preço do gás e que uma intervenção nos preços pode causar distorções no médio e longo prazo.
02 de Maio de 2022 às 08:32
A entidade que junta os reguladores de energia da União Europeia desaconselha "medidas intervencionistas" no funcionamento do mercado grossista, como a criação de um teto para o preço do gás natural, referindo que a medida pode causar distorções no médio e longo prazo, avança o jornal Público esta segunda-feira.
O ACER (European Union Agency for the Cooperation of Energy Regulators) considera que "o atual desenho de mercado não deve ser culpado" pela escalada do preço do gás e que as regras de mercado "ajudaram em alguma medida a mitigar os impactos da crise", evitando cortes ou falhas no abastecimento.
Apesar de reconhecer que o mercado grossista "não está desenhado para esta situação de emergência em que a Europa se encontra", o ACER alerta para os riscos da proposta ibérica de fixar um limite máximo de 50 euros por megawatt hora (MWh) para o preço do gás natural usado para a produção de eletricidade, com que Portugal e Espanha se preparam para avançar.
Os reguladores entendem que as trocas comerciais e o esforço de integração dos mercados eléctricos na Europa "trouxeram benefícios significativos" para os consumidores, de cerca de 34 mil milhões de euros por ano, e permitiram reduzir a volatibilidade de preços e reforçar a segurança energética.
O ACER (European Union Agency for the Cooperation of Energy Regulators) considera que "o atual desenho de mercado não deve ser culpado" pela escalada do preço do gás e que as regras de mercado "ajudaram em alguma medida a mitigar os impactos da crise", evitando cortes ou falhas no abastecimento.
Os reguladores entendem que as trocas comerciais e o esforço de integração dos mercados eléctricos na Europa "trouxeram benefícios significativos" para os consumidores, de cerca de 34 mil milhões de euros por ano, e permitiram reduzir a volatibilidade de preços e reforçar a segurança energética.
A introdução de "medidas de emergência mal concebidas" ou "distorções de sinal de preço devido a intervenções no mecanismo de fixação de preços" podem, no limite, pôr em causa a integração de mercado e a concorrência, e "aumentar o custo global da transição energética" no futuro, alerta o ACER.