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Putin prepara venda de posição na petrolífera Rosneft para aliviar défice

O líder russo deu uma entrevista à Bloomberg em que detalhou os planos de Moscovo para a alienação de 19,5% da empresa a um “investidor estratégico apropriado”.

Negócios 02 de Setembro de 2016 às 09:33
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, adiantou que a Rosneft, a maior produtora de petróleo do país, e que tem a maioria do capital nas mãos do Estado, deverá colocar à venda uma posição de 19,5%, para ajudar o Governo a reduzir o défice.


O líder russo salientou, em entrevista à Bloomberg, que a alienação poderá ocorrer ainda este ano, desde que companhia encontre "os investidores estratégicos apropriados". Esta posição pode ter um valor aproximado de 9,8 mil milhões de euros (11 mil milhões de dólares).

 

A Rússia voltou a uma estratégia de venda de activos depois da queda dos preços de petróleo para o nível mais baixo dos últimos 12 anos (registado no mês de Janeiro). Com isso, o défice russo subiu para máximos de 6 anos.


Moscovo acabou por atrasar a venda mais de 50% de outra petrolífera mais pequena, a Bashneft PJSC, no meio de uma disputa sobre potenciais compradores.  


Putin salientou que a venda de parte da Rosneft mostra o empenho da Rússia em reduzir o papel do Estado na economia. "O Governo russo não tem necessidade de ter posições tão grandes [nas empresas] e estamos empenhados em levar a cabo os nossos planos", referiu. "A questão não é se queremos ou não e sim se faz ou não sentido e em que altura", disse o líder russo.


A Rússia vendeu em Julho 10,9% de uma empresa do sector mineiro de diamantes, a Alrosa, por 710 milhões de euros.


A venda da Bashneft levou a um debate sobre a participação da Rosneft no processo, uma ideia que parece não agradar a Putin. "Provavelmente, a melhor opção não é quer uma companhia sob controlo do Estado compre outra empresa puramente estatal", salientou. Mas recordou que a Rosneft conta com uma participação de 20% da inglesa BP.


"No fim, o mais importante para o défice é quem oferece mais dinheiro. Por isso, não podemos descriminar os participantes no mercado", adiantou Putin. 

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