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Petróleo dispara depois de aproximação entre sauditas e russos

Os preços do petróleo estão a subir depois de ter sido conhecido que a Arábia Saudita e a Rússia terem acordado trabalhar em conjunto para estabilizar o mercado. Sauditas devem fazer anúncio "significativo" em breve.

Bloomberg
05 de Setembro de 2016 às 10:48
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Os preços do petróleo estão a registar uma valorização acentuada nos mercados internacionais. O Brent do Mar no Norte, que serve de referência para as importações nacionais, valoriza 4,19% para 48,79 dólares por barril. Durante a sessão, o petróleo negociado em Londres avançou já 4,95% (a maior valorização desde 11 de Agosto) para 49,15 dólares por barril, o que representa o valor mais elevado desde 30 de Agosto.

O West Texas Intermediate cresce 3,49% para 45,99 dólares por barril. Durante esta segunda-feira, 5 de Setembro, a matéria-prima negociada em Nova Iorque já somou 4,32% (maior subida desde 11 de Agosto) para 46,36 dólares por barril, o valor mais alto desde 31 de Agosto. Quer o petróleo negociado em Nova Iorque, quer em Londres, registavam valorizações inferiores a 1% pouco depois da abertura do mercado bolsista nacional.


Este comportamento da matéria-prima tem lugar depois da Arábia Saudita e a Rússia – dois grandes produtores de petróleo – terem acordado trabalhar em conjunto para assegurar a estabilidade do mercado petrolífero. Ainda assim, de acordo com a Bloomberg, os responsáveis destes dois países não deram dado detalhes sobre as propostas em cima da mesa para atingir esse objectivo.


O príncipe saudita Mohammed bin Salman disse que este domingo, após ter-se encontrado com o presidente russo Vladimir Putin na China no âmbito do encontro do G20, que uma estabilização do mercado petrolífero é impossível sem uma cooperação entre os dois países. "Os nossos países são os dois grandes produtores de petróleo e é por isso que não pode haver uma política de estabilidade no âmbito do petróleo sem a participação da Rússia e da Arábia Saudita", afirmou, citado pela Bloomberg. Por sua vez, o presidente russo salientou que é importante que os dois países "mantenham o diálogo permanente".


Entretanto, e de acordo com a agência noticiosa, a Arábia Saudita terá indicado que, em breve, o seu ministro da Energia vai fazer um anúncio "significativo". Não se conhecem mais detalhes.


Ainda a marcar a negociação da matéria-prima, está a vontade do Irão de aumentar a sua produção diária de petróleo. Teerão, segundo a Bloomberg, pode aumentar a sua produção para quatro milhões de barris diários dentro de dois ou três meses. Actualmente, este Estado-membro da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) produção cerca de 3,8 milhões de barril por dia. A hipótese foi levantada por Mohsen Ghamsari, director de assuntos internacionais da empresa petrolífera estatal do Irão.

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