Notícia
Produção de energia a carvão atinge máximos históricos em 2021
O carvão é a fonte energética mais poluente e a Agência Internacional de Energia teme que os dados revelados esta sexta-feira comprometam a meta das zero emissões até 2050.
A produção de energia a carvão vai bater um recorde este ano, indica um relatório divulgado esta sexta-feira pela Agência Internacional de Energia (AIE). O organismo aponta para uma subida de 9% em relação ao ano passado, para os 10.350 terawatts por hora (TWh).
O anterior máximo tinha sido atingido em 2018, tendo-se registado uma desaceleração do uso desta fonte nos dois anos seguintes, o que teria levado os especialistas a considerar que não se voltaria a ultrapassar aquele pico. Aind assim, este ano, a percentagem do carvão no mix de fontes energéticas global será de 36%, cinco pontos percentuais abaixo do máximo atingido em 2007.
"O carvão é a maior fonte de emissões globais de carbono e o nível historicamente alto de produção de energia a carvão deste ano é um sinal preocupante do quão longe o mundo está nos seus esforços para reduzir a zero o nível das emissões", indica Fatih Birol, diretor executivo da AIE. Sendo o carvão a fonte energética mais poluente, a organização acredita que os dados revelados esta sexta-feira comprometem a meta global das zero emissões até 2050.
A razão apontada para a produção tão alta prende-se, primeiro, por a redução de 2020 não ter sido tão significativa em relação ao que tinha sido antecipado. Depois, a recuperação económica dos países, com o progressivo controlo da pandemia, aliada à crise da energia provocada pela alta dos preços do gás natural e do petróleo, tornaram o carvão numa fonte apetecível.
Os Estados Unidos e a União Europeia registaram aumentos de 20% na produção a carvão, apesar de terem ficado ambos abaixo dos níveis de 2019. Por outro lado, o crescimento estimado de 12% na Índia e de 9% na China levará a produção de energia a carvão a níveis recordes nos dois países, indica o relatório.
Tendo em conta a recuperação da produção industrial global, a demanda global por carvão no mundo inteiro deverá crescer 6% em 2021, acredita a AIE, aproximando-se dos níveis recordes alcançados em 2013 e 2014.
O anterior máximo tinha sido atingido em 2018, tendo-se registado uma desaceleração do uso desta fonte nos dois anos seguintes, o que teria levado os especialistas a considerar que não se voltaria a ultrapassar aquele pico. Aind assim, este ano, a percentagem do carvão no mix de fontes energéticas global será de 36%, cinco pontos percentuais abaixo do máximo atingido em 2007.
A razão apontada para a produção tão alta prende-se, primeiro, por a redução de 2020 não ter sido tão significativa em relação ao que tinha sido antecipado. Depois, a recuperação económica dos países, com o progressivo controlo da pandemia, aliada à crise da energia provocada pela alta dos preços do gás natural e do petróleo, tornaram o carvão numa fonte apetecível.
Os Estados Unidos e a União Europeia registaram aumentos de 20% na produção a carvão, apesar de terem ficado ambos abaixo dos níveis de 2019. Por outro lado, o crescimento estimado de 12% na Índia e de 9% na China levará a produção de energia a carvão a níveis recordes nos dois países, indica o relatório.
Tendo em conta a recuperação da produção industrial global, a demanda global por carvão no mundo inteiro deverá crescer 6% em 2021, acredita a AIE, aproximando-se dos níveis recordes alcançados em 2013 e 2014.