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Preços da luz no mercado regulado voltam a subir em outubro

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou esta quarta-feira que a partir de 01 de outubro, o preço da tarifa de Energia do mercado regulado vai aumentar em 5 euros por MWh.

Os cortes de serviços essenciais, como a eletricidade, estão proibidos até 31 de dezembro apenas para situações excecionais.
iStockphoto
15 de Setembro de 2021 às 17:35
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Os clientes domésticos do mercado regulado de eletricidade vão sofrer um novo aumento na conta da luz em outubro, na ordem dos 3%. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou esta quarta-feira uma subida na tarifa de energia do mercado regulado em 5 euros por MWh, com efeitos a partir de 1 de outubro de 2021.

Para a maioria dos clientes domésticos do mercado regulado, com potência contratada de 3,45 kVA, a atualização será cerca de 1,05 euros na fatura média mensal, refere a ERSE. Para as famílias com uma potência contratada de 6,9 kVA, a subida na fatura será de 2,86 euros, estima a ERSE. 

Este é o segundo aumento da tarifa de energia definido pela ERSE em 2021, depois de em julho ter sido feita uma atualização idêntica. O mercado regulado conta atualmente com 933 mil clientes. 

A subida é justificada com o aumento dos preços da energia no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL), que têm batido recordes todos os dias. O preço médio por MWh no mercado ibérico vai atingir os 188,18 euros esta quinta-feira. 

"Tendo por base os consumidores-tipo do simulador de preços de energia da ERSE, o impacte estimado da atualização da tarifa de Energia para os consumidores do mercado regulado é de aproximadamente mais 3%, em relação aos preços em vigor, no total da fatura de eletricidade (com IVA)", refere o regulador. 

Esta subida sucede a um aumento de 3% em julho e a uma redução de 0,6% em janeiro, pelo que "a variação tarifária média anual entre 2021 e 2020 será cerca de 1,6%".

A tarifa de energia "reflete o custo de aquisição de energia do Comercializador de Último Recurso (CUR) nos mercados grossistas, sendo uma das componentes que integra o preço final pago pelos consumidores no mercado regulado", explica a ERSE. 

O segundo aumento do ano tem como objetivo "evitar desalinhamentos excessivos com o mercado livre e a criação de desvios a recuperar posteriormente pelas tarifas, com consequências para todos os consumidores". O regulador pode rever, trimestralmente, a tarifa de energia sempre que se verificar, "face às estimativas da ERSE, um desvio do custo de aquisição do CUR igual ou superior a 10 EUR/MWh". O que voltou a acontecer no terceiro trimestre. 

"Para 2021, a previsão do custo de aquisição do CUR considerada para a fixação da tarifa de Energia aprovada pela ERSE, em 15 de dezembro, foi de 49,52 EUR/MWh. Após a atualização da tarifa de Energia em julho de 2021, a estimativa para 2021 passou a ser de 52,02 EUR/MWh".

No entanto, o aumento dos preços no mercado ibérico nos últimos meses, "fruto do preço muito elevado do gás natural para as centrais a ciclo combinado a gás natural e da elevada cotação das licenças de dióxido de carbono (CO2)", motivaram uma nova revisão. 

"A estimativa atualizada para o ano de 2021 aponta para um custo de aquisição do CUR de 73,24 EUR/MWh, o que corresponde a um desvio de 21,21 EUR/MWh, mais 41% que o valor refletido nas tarifas em vigor".

A nova tarifa entra em vigor a 01 de outubro e mantém-se até ao fim do ano. Até 15 de outubro, a ERSE vai apresentar a proposta tarifária para 2022, que incluirá a tarifa de acesso à rede, que nesta atualização se mantém inalterada. 

Por fim, a ERSE "aconselha os consumidores a procurarem potenciais poupanças na fatura de eletricidade junto dos comercializadores no mercado.
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