Portugal teve em 2014 uma taxa de dependência energética de 71,6%, a mais baixa dos últimos 24 anos, segundo dados divulgados esta quinta-feira, 4 de Fevereiro, pelo Eurostat.

Ainda assim, o país continua a precisar de importar mais de dois terços da energia que consome, tal como acontece com Espanha, por exemplo. Porém, mantém-se abaixo do máximo registado em 2005, quando 88,6% das necessidades de energia de Portugal tinham de ser satisfeitas com recurso ao estrangeiro.

O gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE) indica que outros oito estados-membros alcançaram mínimos desde 1990: Bulgária, Estónia, França, Itália, Letónia, Luxemburgo, Malta e Roménia.

"Em 2014, os países com menor dependência energética eram a Estónia (8,9%), Dinamarca (12,8%) e Roménia (17%)", contabiliza o Eurostat. Inversamente, Malta (97,7%), Luxemburgo (96,6%) e Chipre (93,4%) são os mais dependentes, acrescenta.

Na União Europeia, este indicador ficou nos 53,4% em 2014. Há dez anos que, no seu conjunto, a UE depende em mais de 50% do estrangeiro para satisfazer a suas necessidades energéticas. Ainda assim, a taxa alcançada em 2014 fica ligeiramente abaixo do pico de 2008, quando chegou aos 54,5%. Cerca de metade dos 28 estados-membros importa pelo menos 50% da energia que consome.