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Portugal e Marrocos escolhem empresas para estudar auto-estrada de energia

Lisboa e Rabat já escolheram as empresas que vão analisar os custos de construção do cabo submarino, e também qual a melhor localização para a sua instalação.

Bloomberg
02 de Janeiro de 2017 às 16:40
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Portugal e Marrocos já escolheram as empresas que vão realizar o estudo de viabilidade da interligação eléctrica entre os dois países.

O estudo vai ter um valor total de 185 mil euros, dividido pelos dois países, e foi entregue ao consórcio composto pela empresa norueguesa DNV GL, à consultora Deloitte e ao INESC Porto. O concurso lançado em Setembro foi concluído em Dezembro.

Esta foi uma decisão conjunta dos governos de Portugal e do Reino de Marrocos, com este estudo a ter como "objectivo avaliar o potencial técnico e económico" do projecto, diz a secretaria de Estado da Energia em comunicado esta segunda-feira, 2 de Janeiro.

Esta interligação vai permitir a Portugal escoar a energia renovável produzida em Portugal e também vai possibilitar ao país diversificar as suas fontes de abastecimento.

O estudo vai analisar os custos de construção do cabo submarino, que pode ter a capacidade de mil megawatts (MW), mas também qual a melhor localização para a sua instalação.

Este projecto tem um custo estimado de 630 milhões de euros, segundo um estudo realizado em 2014 pelo consórcio Medgrid, entretanto extinto, que promovia as interligações entre a Europa e o Magrebe.

"A ligação física entre os dois países é uma medida considerada estratégica para Portugal", disse em comunicado o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches.

"A sua concretização permitirá solidificar a aposta efectuada nas energias renováveis ao longo dos últimos anos e que se mantém como um objectivo prioritário da política energética deste Governo, fazendo de Portugal uma referência mundial nesta área", afirmou o governante.

Marrocos tem um ambicioso projecto em renováveis. Até 2030, o reino quer obter mais de 50% da sua electricidade a partir de energia verde, contando com 26 mil milhões de euros para apoiar projectos.

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