Notícia
Parlamento aprova regresso dos consumidores de electricidade às tarifas reguladas
As famílias que já se encontrem no mercado liberalizado de electricidade vão poder regressar ao mercado com tarifas reguladas, segundo a proposta do PCP aprovada no Parlamento que vai agora ser discutida na especialidade na comissão de economia.
O Partido Comunista propôs que os consumidores no mercado liberalizado de electricidade passem a ter a opção de regressar ao mercado regulado, onde as tarifas são definidas anualmente pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
"Os clientes com contratos em regime de preço livre podem optar por um regime equiparado ao das tarifas transitórias ou reguladas, para fornecimento de electricidade aos clientes finais de baixa tensão normal, durante o período em que aquele regime vigore", é esta a proposta do PCP de aditamento ao decreto-lei nº 75/2012 de 26 de Janeiro.
Actualmente existem 1,34 milhões de consumidores no mercado regulado de electricidade, face ao total de mais de seis milhões de clientes de electricidade no país, segundo dados da ERSE.
O mercado liberalizado conta com um total de 4,8 milhões de clientes, representando 78% do número total de clientes e 92% do consumo registado em território nacional. A grande maioria destes consumidores são domésticos, sendo clientes do único comercializador de último recurso, a EDP Universal.
O segundo projecto chumbado era uma proposta do PCP para a eliminação dos polémicos CMEC (Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual), cuja negociação está agora sob a alçada da justiça, tendo sido constituídos arguidos o presidente da EDP, António Mexia, e administrador da eléctrica, João Manso Neto.