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Órban: Apoio dos países ricos às empresas pode quebrar "unidade" da UE

"Este é o início do canibalismo na UE. Bruxelas deveria fazer algo a respeito", disse Órban, lembrando que a Alemanha planeia apoiar as suas empresas com "milhares de milhões de euros, para resgatá-las da atual crise energética".

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse ontem que acordo está a uma distância de “centímetros”.
Bernadett Szabo/Reuters
03 de Outubro de 2022 às 22:45
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O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, afirmou hoje que os pacotes de ajuda às empresas dos países europeus mais ricos podem quebrar "a unidade da União Europeia (UE)", criticando o plano de apoio da Alemanha.

"Este é o início do canibalismo na UE. Bruxelas deveria fazer algo a respeito", disse Órban, lembrando que a Alemanha planeia apoiar as suas empresas com "milhares de milhões de euros, para resgatá-las da atual crise energética".

De acordo com o líder ultranacionalista húngaro, não existe uma solução comum na UE para apoiar as empresas afetadas pelas consequências financeiras das sanções contra a Rússia.

"Os ricos vão apoiar as suas empresas com enormes quantias, enquanto os pobres não o poderão fazer", enfatizou Órban, que acredita que esta situação "poderia partir a unidade da UE".

O Governo alemão anunciou no final de setembro que vai investir 200 mil milhões de euros na redução dos preços da energia para os consumidores.

Orbán, considerado o melhor aliado na UE do presidente russo, Vladimir Putin, criticou repetidamente as sanções contra Moscovo pela guerra na Ucrânia, salientando que geraram a atual crise energética.

O Governo húngaro está atualmente a preparar várias reformas legais para impedir que Bruxelas bloqueie o desembolso de 7.500 milhões de euros de fundos comunitários.

Na semana passada, a Comissão Europeia pediu essa quantia pelas contínuas violações dos princípios do Estado de direito na Hungria, especialmente no combate à corrupção e à fraude nos procedimentos de contratação pública.

A Hungria é um dos maiores beneficiários dos fundos regionais da UE, com mais de 22,5 mil milhões de euros atribuídos ao abrigo da Política de Coesão até 2027.
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