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Ministro do Ambiente e João Galamba: “Vamos fazer certamente uma boa equipa”
Matos Fernandes diz que não tem “a mais pequena dúvida da importância ou da relevância” do novo secretário de Estado na Energia.
"Fui eu que escolhi o novo secretário de Estado" e "não tenho a mais pequena dúvida da importância ou da relevância que o João Galamba pode ter aqui".
Este sábado, 20 de Outubro, em entrevista ao "Público", o ministro do Ambiente e da Transição Energética voltou a defender a escolha de Galamba para secretário de Estado da Energia. "Vamos fazer certamente uma boa equipa", garantiu João Pedro Matos Fernandes.
Com base em que requisitos? "Em primeiro lugar, com a base de que sendo a energia uma parcela relevantíssima da economia – tanto da economia pensada à escala macro, dos grandes indicadores do país, como à escala micro, das empresas –, o meu secretário de Estado ou secretária de Estado tinha de ter uma formação diferente da minha", começou por alegar o ministro.
"Sou engenheiro civil e queria mesmo que fosse um economista e com uma visão do país e da economia mais abrangente do que aquela que eu próprio sou capaz de trazer para este sector", acrescentou Matos Fernandes em defesa da escolha do ex-porta-voz do PS.
Questionado sobre o que acontecerá se as empresas ganharem os processos judiciais no caso da contribuição extraordinária sobre o sector energético (CESE), o ministro manifestou a sua convicção num desfecho favorável ao Estado.
"Ficou claro, embora eu não tenha participado nessas negociações com as empresas, que a CESE é mesmo transitória, só se aplica às centrais maiores e só às que têm tarifas garantidas. Por isso, creio que há neste momento todas as condições para que todos aqueles que não quiseram pagar [a CESE] no passado o venham a fazer", considerou.
E acredita que os portugueses vão mesmo pagar menos 5% na factura da electricidade no próximo ano. "Tenho muita expectativa que, quando a ERSE [Entidade Reguladora para os Serviços Energéticos] contabilizar as transferências para a redução do défice tarifário e do sobrecusto das renováveis e vier fixar, em Dezembro, a tarifa final da electricidade, vá mesmo acompanhar a expectativa do Governo, que é de um abaixamento de 5% da tarifa", indicou Matos Fernandes.