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Ministro da Energia russo diz que cortes de produção da OPEP+ terão de ser revertidos

Alexander Novak, ministro com a pasta da Energia no governo russo, disse que os cortes de produção da OPEP+ em vigor não vão durar para sempre e é preciso voltar a repor os níveis, de forma faseada. Em março há nova reunião do cartel.

Lisi Niesner/Bloomberg
27 de Dezembro de 2019 às 12:38
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Os cortes de produção de petróleo instaurados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados (OPEP+) não serão eternos e o cartel deverá pensar numa forma de os fazer regredir, de forma paulatina, disse o ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak.

"Os cortes de produção não podem durar para sempre. Vamos ter de, gradualmente, tomar uma decisão no sentido de largar este acordo", disse Novak,  numa entrevista ao canal televisivo estatal do país Rossiya24.

O ministro adiantou que a Rússia precisa de defender a sua quota de mercado e deixar que as empresas petrolíferas do país desenvolvam novos projetos.

Por enquanto, Novak não estipula uma data para a retirada dos cortes de produção, por parte da OPEP+, mas diz que o cartel irá debater este assunto no próximo ano, na sua próxima reunião marcada para o final de março. No próximo ano, o ministro prevê um novo aumento da procura por petróleo. 

Apesar de ter ajudado a cimentar o entendimento original entre os principais produtores do "ouro negro", a Rússia tem sido incapaz de cumprir com os cortes de produção estipulados pelo cartel há nove meses consecutivos. Em dezembro, por exemplo, o país produziu 11,2 milhões de barris por dia, mais 62 mil do que estava estipulado, segundo os dados da Bloomberg. 

O maior produtor de petróleo do país, a Rosneft, teceu várias críticas ao mais recente acordo para cortes de produção dos países que pertencem à OPEP+, afirmando que o entendimento apenas beneficia o líder da organização, a Arábia Saudita. 

Este mês, a OPEP+ anunciou, em Viena, uma redução adicional de 500 mil barris por dia nos primeiros três meses do próximo ano, o que faz com que o corte total da oferta de crude no mercado ascenda a 1,7 milhões de barris por dia.

No entanto, o príncipe saudita Abdulaziz bin Salman surpreendeu o mercado petrolífero ao dizer que, além deste novo corte coletivo, a Arábia Saudita vai prosseguir com "o seu corte voluntário de 400 mil barris". 
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