Notícia
Costa Silva disponível para ouvir ativistas de movimentos climáticos
Dezenas de manifestantes invadiram um edifício em Lisboa, onde decorria um evento privado onde estava o ministro da Economia.
13 de Novembro de 2022 às 14:35
O ministro da Economia afirmou-se solidário com os movimentos climáticos e defendeu que nos últimos 20 anos não foi apologista de maior uso do petróleo, considerando que as manifestações são legítimas e mostrando disponibilidade para reunir-se com os ativistas.
Em declarações à Lusa, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, disse estar solidário com movimentos climáticos, com os quais afirma partilhar as preocupações.
No entanto, em reação ao pedido da sua demissão pelos ativistas, o governante argumentou: "Em todo o meu percurso ao longo de 20 anos não só fui um defensor das energias renováveis, como agora no Governo estamos a potenciar a aplicação dessas energias e a desenvolver tudo para que a transição energética funcione".
"É um facto que tive uma carreira nas indústrias do petróleo e particularmente na empresa Partex, mas nunca defendi nos últimos 20 anos o maior uso do petróleo. Pelo contrário, mesmo dentro da Partex, o que defendi foi a diversificação da companhia com a aposta crescente nas energias renováveis e a Partex, com a sua acionista na altura – a Fundação Calouste Gulbenkian –, foram um dos principais investidores no ‘cluster’ de energias renováveis que se desenvolveu em Portugal", justificou.
António Costa Silva recordou que desde o início, quando o país desenvolveu esta aposta, tomou uma posição pública, "muitas vezes contracorrente contra a opinião dominante", a defender as energias renováveis.
O ministro recordou algumas das medidas nas quais o Ministério da Economia está a trabalhar. "Estamos muito comprometidos com a meta defendida pela União Europeia que até 2035 vai banir o uso de carros que utilizem o motor de combustão interna em todo o espaço europeu. Estamos muito empenhados na transição para a mobilidade elétrica. O Plano de Recuperação e Resiliência tem uma componente muito forte relativamente à descarbonização da indústria. Já foram lançados dois avisos e estamos a trabalhar com as companhias. Algumas das mais poluentes para a rota da descarbonização", exemplificou.
O ministro da tutela sublinhou ainda estar, em articulação com outras áreas do Governo, a trabalhar para atrair para Portugal algumas das companhias internacionais que fabricam baterias de grande dimensão para suportar esta transição para a mobilidade elétrica.
Quando questionado sobre o momento na marcha pelo clima, no sábado, em que dezenas de manifestantes invadiram um edifício em Lisboa, onde decorria um evento privado onde estava, António Costa Silva considerou a manifestação "absolutamente legítima".
"Os jovens estavam a manifestar-se, não houve de facto possibilidade de encetar qualquer tipo de diálogo naquelas condições, mas estarei sempre pronto para dialogar com os jovens, explicar o que estamos a fazer, ouvir as suas opiniões e incorporá-las em tudo o que estamos a sistematizar em termos das políticas públicas. Sou um homem de diálogo", afirmou.
Apesar de recordar que o Ministério da Economia não tem a gestão do ambiente e da energia e que, por isso, terá de ser feito em articulação, garantiu ter disponibilidade para o fazer.
"Não temos nenhuma reunião agendada a esse nível, mas penso que temos de ser construtivos e trabalhar em conjunto para ver o que é possível fazer e acelerar ainda mais esta transformação", reafirmou.
O governante sublinhou que em consonância com o que tem dito ao longo dos últimos 20 anos, "a deterioração do sistema climático da terra é uma das maiores ameaças que existe para o futuro".
"Não podemos hipotecar o futuro e vejo com muitos bons olhos estes movimentos e sou solidário com as preocupações que eles manifestam. Penso que são absolutamente positivos porque alertam a sociedade e os decisores para acelerarmos as nossas respostas", disse.
Em declarações à Lusa, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, disse estar solidário com movimentos climáticos, com os quais afirma partilhar as preocupações.
"É um facto que tive uma carreira nas indústrias do petróleo e particularmente na empresa Partex, mas nunca defendi nos últimos 20 anos o maior uso do petróleo. Pelo contrário, mesmo dentro da Partex, o que defendi foi a diversificação da companhia com a aposta crescente nas energias renováveis e a Partex, com a sua acionista na altura – a Fundação Calouste Gulbenkian –, foram um dos principais investidores no ‘cluster’ de energias renováveis que se desenvolveu em Portugal", justificou.
António Costa Silva recordou que desde o início, quando o país desenvolveu esta aposta, tomou uma posição pública, "muitas vezes contracorrente contra a opinião dominante", a defender as energias renováveis.
O ministro recordou algumas das medidas nas quais o Ministério da Economia está a trabalhar. "Estamos muito comprometidos com a meta defendida pela União Europeia que até 2035 vai banir o uso de carros que utilizem o motor de combustão interna em todo o espaço europeu. Estamos muito empenhados na transição para a mobilidade elétrica. O Plano de Recuperação e Resiliência tem uma componente muito forte relativamente à descarbonização da indústria. Já foram lançados dois avisos e estamos a trabalhar com as companhias. Algumas das mais poluentes para a rota da descarbonização", exemplificou.
O ministro da tutela sublinhou ainda estar, em articulação com outras áreas do Governo, a trabalhar para atrair para Portugal algumas das companhias internacionais que fabricam baterias de grande dimensão para suportar esta transição para a mobilidade elétrica.
Quando questionado sobre o momento na marcha pelo clima, no sábado, em que dezenas de manifestantes invadiram um edifício em Lisboa, onde decorria um evento privado onde estava, António Costa Silva considerou a manifestação "absolutamente legítima".
"Os jovens estavam a manifestar-se, não houve de facto possibilidade de encetar qualquer tipo de diálogo naquelas condições, mas estarei sempre pronto para dialogar com os jovens, explicar o que estamos a fazer, ouvir as suas opiniões e incorporá-las em tudo o que estamos a sistematizar em termos das políticas públicas. Sou um homem de diálogo", afirmou.
Apesar de recordar que o Ministério da Economia não tem a gestão do ambiente e da energia e que, por isso, terá de ser feito em articulação, garantiu ter disponibilidade para o fazer.
"Não temos nenhuma reunião agendada a esse nível, mas penso que temos de ser construtivos e trabalhar em conjunto para ver o que é possível fazer e acelerar ainda mais esta transformação", reafirmou.
O governante sublinhou que em consonância com o que tem dito ao longo dos últimos 20 anos, "a deterioração do sistema climático da terra é uma das maiores ameaças que existe para o futuro".
"Não podemos hipotecar o futuro e vejo com muitos bons olhos estes movimentos e sou solidário com as preocupações que eles manifestam. Penso que são absolutamente positivos porque alertam a sociedade e os decisores para acelerarmos as nossas respostas", disse.