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Mexia: “Se alguém pondera demissão? Não”

Suspender os mandatos à espera de clarificação jurídica "seria obviamente um erro para a instituição, porque pareceria que haveria alguma possibilidade de ponderarmos que há aqui alguma dúvida”, afirmou António Mexia.

Miguel Baltazar
06 de Junho de 2017 às 10:46
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António Mexia não vai abandonar a presidência da comissão executiva da EDP, pese embora seja arguido numa investigação judicial que averigua factos que podem configurar eventuais práticas de corrupção.

 

"Se alguém pondera demissão? Não". A certeza foi deixada, em resposta aos jornalistas, esta terça-feira, 6 de Junho, na conferência de imprensa que a própria eléctrica quis agendar para esclarecer sobre o processo que, na sexta-feira passada, levou a buscas na EDP.

 

Mexia admitiu que "é importantíssimo [os mercados] vejam eliminada a incerteza", mas não atribuiu as desvalorizações bolsistas de sexta e segunda-feira do Grupo EDP aos factos judiciais.

 

"A EDP desceu 2%, tendo o mercado também descido, mas neste momento está a subir 1,8%. São aquelas coincidências", indicou o presidente da eléctrica.

 

A garantia dada por Mexia, de que ia continuar no cargo, sentado ao lado de João Manso Neto, líder da EDP Renováveis e também constituído arguido no mesmo processo que investiga os chamados CMEC, foi dada depois de Eduardo Catroga ter dito que o conselho geral e de supervisão da eléctrica, a que preside, manifestou "solidariedade total" à gestão.

 

Questionado sobre se Mexia e Manso Neto não deveriam suspender o mandato, enquanto aguardam a clarificação jurídica do processo judicial, o líder da EDP rejeitou a ideia.  

 

"Seria obviamente um erro para a instituição, porque pareceria que haveria alguma possibilidade de ponderarmos que há aqui alguma dúvida". Para nós não há dúvida nenhuma", afirmou o líder da eléctrica.

 

Mais uma vez, António Mexia quis frisar que as assinaturas em torno dos CMEC – regime que salvaguarda os ganhos da eléctrica em várias centrais cuja versão final foi definida em 2007 – "representaram decisões colectivas, no cumprimento de decisões legais impostas à companhia".

 

Na sexta-feira, Mexia e João Manso Neto foram constituídos arguidos no âmbito de uma investigação judicial que corre no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) que averigua factos susceptíveis de configurar eventuais práticas de corrupção activa, corrupção passiva e participação económica em negócio na introdução dos CMEC, um regime que salvaguardava as remunerações de centrais da EDP. 

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