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Mercado livre cresceu 2,8% em 2019. EDP manteve liderança
A EDP fechou 2019 a liderar no mercado livre em número de clientes (78,4%), mas também em consumo (41,7%). No total, o número de clientes que já aderiram ao mercado livre de eletricidade cresceu 2,8% para 5,2 milhões.
O mercado livre de eletricidade cresceu 2,8% no ano passado para 5,2 milhões de clientes. Por sua vez, no mercado regulado permaneciam no final de 2019 cerca de 1,03 milhões de consumidores, segundo os números divulgados esta segunda-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
A quase totalidade dos grandes consumidores já se encontra no mercado livre, sendo que no caso dos domésticos representava em dezembro cerca de 87% do consumo total do segmento. Um valor que, mesmo assim, representa uma ligeira queda face aos 85% registados no mês homólogo.
No comunicado publicado esta segunda-feira, o regulador refere que "para os clientes que ainda não tenham escolhido um comercializador a atuar em mercado livre, o período transitório, poderá vigorar até 31 de dezembro de 2020". Este prazo deverá ser, contudo, prolongado por mais três anos como o ministro do Ambiente anunciou recentemente no Parlamento.
Em termos de quota de mercado, a EDP Comercial manteve a sua posição como principal operador no mercado livre em número de clientes (78,4%) e em consumo (41,7%), refere a ERSE. Mas face a novembro, a sua quota de mercado diminuiu 0,2 pontos percentuais, tanto em número de clientes como em termos de consumo.
Analisando o número de clientes, a Endesa aumentou a sua uma quota em 0,1 pontos percentuais para de 6,5%, mantendo também a liderança no segmento de clientes industriais, com uma quota de 24,5%. "Todas as demais comercializadoras mantiveram sensivelmente as suas quotas: a Iberdrola (6,2%), a Galp (5,2%), a Goldenergy (1,9%), a GN Fenosa (0,4%), a Axpo (0,2%) e o conjunto de comercializadores agrupados na rubrica "Outros" (1,2%)", detalha a entidade liderada por Cristina Portugal.
Já a Iberdrola, com uma quota de 27,8%, permanece líder no segmento dos grandes consumidores. Porém, reduziu as quotas em 1,3 pontos percentuais no mês de dezembro de 2019. "Em seguida, encontra-se a EDP (22,4%) que, inversamente, apresenta um aumento das suas quotas em 0,3 pontos percentuais, enquanto a Endesa (19,6%) viu diminuir as suas quotas em 0,1 pontos percentuais no mês de dezembro".
Depois de o regulador de energia (ter proposto uma descida dos preços em 0,4% para o mercado regulado, as empresas decidiram replicar a tendência no liberalizado estando previstas reduções entre os 0,4% até aos 2,5%.