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Matos Fernandes: Refinaria de lítio "parece fazer mais sentido a norte do que a sul"

No âmbito do acordo entre as duas empresas, o ministro do Ambiente sublinhou que "a Galp não é uma empresa qualquer para Portugal, e a Northvolt não será uma empresa qualquer para Portugal".

Mário Cruz/Lusa
14 de Dezembro de 2021 às 12:19
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O ministro do Ambiente e da Ação Climática defende que a refinaria de lítio que a Galp e a sueca Northvolt vão desenvolver em Portugal deve situar-se na região norte do país. 

Presente na apresentação do projeto, que decorreu esta terça-feira em Lisboa, Matos Fernandes sublinhou que a construção da refinaria "parece fazer mais sentido a norte do que a sul", e que "apesar de este projeto ter de importar lítio para poder funcionar em pleno, a norte parece mais bem localizado do que a sul, e quanto mais no interior do país melhor". No fim, destacou o ministro, "a localização será escolhida pelos empreendedores". 

O ministro falava no fim da apresentação pública da joint venture assinada entre a Galp e a Northvolt, que prevê um investimento de 700 milhões de euros na construção de uma instalação de conversão de lítio, que deverá criar cerca de 1500 empregos, diretos e indiretos. Prevê-se que comece a operar comercialmente em 2026. 

No projeto apresentado no âmbito do PRR, Sines foi a localização indicada pelas empresas como o destino provável da unidade industrial. Mas na apresentação desta terça-feira, a Galp e a Northvolt ressalvaram que a escolha da localização ainda está em aberto, podendo vir mesmo a situar-se "no norte". 

No discurso de apresentação do projeto Aurora, Matos Fernandes manifestou uma "profunda satisfação por este entendimento" entre as duas empresas, naquele que considera ser "verdadeiramente um projeto inovador".

"A Galp não é uma empresa qualquer para Portugal, e a Northvolt não será uma empresa qualquer para Portugal", ressalvou. 

"Este é um dia de muita satisfação para nós. Queremos desejar a melhor das sortes a este projeto. É a nossa obrigação promover os melhores investimentos para Portugal e garantir estabilidade para que eles se façam. Nunca será a nossa obrigação promover investimentos, por serem privados", declarou ainda, revelando que nos próximos cinco anos, estão previstos investimentos na ordem dos 18 mil milhões de euros para Portugal na área da energia. 


"Estamos a assistir hoje ao iniciar de um compromisso. Este projeto pretende localizar-se em Portugal porque Portugal tem lítio, mas é um projeto que vai utilizar muito mais do que a matéria-prima portuguesa", lembrou o ministro. 

Matos Fernandes deixou ainda claro que antes das eleições legislativas de 30 de janeiro, o concurso público para a atribuição de direitos de exploração mineira não avançará. Quanto aos intentos do Governo em relação ao lítio, Matos Fernandes afirmou que o Executivo "não tem um projeto de fomento mineiro, mas um projeto industrial fundado no aproveitamento dos recursos naturais que temos, utilizando-os com parcimónia e cuidado ambiental, sendo o lítio o melhor dos exemplos. Não queremos explorar litio para exportar mas para criar o melhor valor possivel para Portugal".
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