O administrador Manuel Champalimaud suspendeu temporariamente o seu cargo da administração da Redes Energéticas Nacionais (REN) devido a uma incompatibilidade relacionada com uma empresa detida por aquele responsável, a Gestmin.

Em causa está a participação de uma subsidiária da Gestmin – a SGPS liderada por Manuel Champalimaud e accionista da REN – numa parceria com uma empresa comercializadora de gás natural e electricidade "a qual seria incompatível com o regime de certificação dos operadores das redes de transporte [REN e REN Gasodutos]", lê-se no documento enviado à CMVM.

De acordo com o comunicado enviado pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Manuel Champalimaud pediu na passada quinta-feira, 3 de Março, a suspensão temporária das suas funções de administrador à Comissão de Auditoria da REN, sendo essa suspensão efectivada um dia depois.

A REN refere ainda ter sido informada pela Gestmin de que a empresa "instruiu" a subsidiária OZ Energia Gás para "’interromper e não prosseguir com as actividades planeadas’ no contexto da referida parceria". O nome do parceiro em causa não é referido no comunicado.

Além de Manuel Champalimaud, também a Gestmin "suspende temporariamente todos os seus direitos não patrimoniais na REN", informa a empresa. Não é avançada uma data para o regresso do accionista a funções.

A Gestmin detém, segundo informações no site da REN, 6% do capital da empresa, sendo o seu terceiro maior accionista.

Os títulos da REN encerraram a sessão desta segunda-feira a cair 0,81% para 2,58 euros.