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Manuel Champalimaud renuncia à administração da REN

Saída da administração da empresa de redes energéticas foi comunicada à CMVM esta quarta-feira depois de Champalimaud e a Gestmin terem reduzido a presença no capital da companhia.

A política de dividendos da REN assume uma remuneração de 17,1 cêntimos por acção o que, tendo em conta o valor de fecho das acções na sessão de sexta-feira, pressupões uma taxa de rentabilidade de 6,04%.
Miguel Baltazar
13 de Abril de 2016 às 18:16
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O dono da Gestmin, Manuel Champalimaud, apresentou esta quarta-feira 13 de Abril a renúncia ao cargo de administrador da Redes Energéticas Nacionais (REN). A renúncia foi comunicada à  Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pela empresa, mais de uma semana depois de a Gestmin ter reduzido para menos de 3% a sua participação na companhia.  

"(...) a REN – Redes Energéticas Nacionais, SGPS, S.A. ("REN") informa o mercado e o público em geral que o Senhor Manuel Champalimaud apresentou nesta data ao Presidente do Conselho de Administração da REN a sua renúncia ao cargo de Vogal do Conselho de Administração da REN", lê-se no comunicado publicado no site do regulador.

A saída da administração da empresa ocorre mais de um mês depois de Manuel Champalimaud ter
suspendido temporariamente o seu cargo devido a uma incompatibilidade relacionada com uma empresa detida por si, aGestmin. Uma medida que viria a ser revogada a 1 de Abril, "uma vez verificada a cessação da situação de incompatibilidade com as normas relativas aos deveres de separação jurídica e patrimonial daatividade de transporte deeletricidade e gás natural".

Em causa estava a participação de uma subsidiária daquela SGPS – que é também accionista da REN – numa parceria com uma empresa comercializadora de gás natural e electricidade "a qual seria incompatível com o regime de certificação dos operadores das redes de transporte [REN e REN Gasodutos]", referia o comunicado enviado à CMVM a 7 de Março.

A REN acrescentava na altura da suspensão ter sido informada pela Gestmin de que a empresa "instruiu" a subsidiária em causa (a OZ Energia Gás) para "’interromper e não prosseguir com as actividades planeadas’ no contexto da referida parceria". O nome do parceiro nunca foi referido pela REN. Além de Manuel Champalimaud, também a Gestmin suspendeu então temporariamente "todos os seus direitos não patrimoniais na REN".


Simultaneamente com a renovação da suspensão, a Gestmin reduziu há uma semana a sua participação na REN, deixando de ser o terceiro maior accionista da empresa. Em cerca de um mês, passou de 6% do capital da empresa para os 2,72%, com vendas fora de bolsa entre 31 de Março e 5 de Abril. Agora, Manuel Champalimaud renuncia ao mandato.

Os títulos da REN encerraram a sessão desta quarta-feira a valorizar 0,25% para 2,84 euros.

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