O resultado líquido da REN - Redes Energéticas Nacionais recuou 70% para 6,1 milhões de euros no primeiro trimestre, anunciou a empresa esta sexta-feira, 13 de Maio.

Esta quebra é influenciada pela mais-valia extraordinária obtida em 2015 com a venda da participação na espanhola Enagás, que gerou 16,1 milhões de euros. A pesar também no resultado esteve o pagamento da contribuição extraordinária para o sector energético que pesou 25,9 milhões.

Este resultado da companhia liderada por Rodrigo Costa ficou acima do previsto pelo CaixaBI, que antecipou uma quebra de 67% para 6,6 milhões de euros dos lucros, devido à mais-valia extraordinária registada em período homólogo, com a venda da posição na espanhola Enagás.

 

Já o resultado líquido recorrente subiu 5,6% para 32 milhões de euros, à boleia da performance financeira (mais 4,3%), assim como pela queda da diminuição do custo médio da dívida (menos quatro pontos base para 3,7%).

"A tendência de diminuição do custo médio da dívida superou as expectativas, o que sustentou a melhoria da performance financeira", diz a transportadora de energia.

Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) recuou 12,4% para 121,1 milhões, queda causada pela mais-valia obtida com a venda da Enagás.

Já o base de activos regulada (RAB Médio) cresceu 0,8% para 3.542,1 milhões de euros, enquanto o investimento subiu 35,2% para 11,3 milhões. Já a dívida líquida subiu 4,3% para 2.473 milhões de euros.

"A REN volta a apresentar uma sólida performance financeira, apesar do impacto negativo da CESE, onde se destacam a redução nos custos operacionais e o aumento do RAB médio para, bem como um crescimento das transferências para exploração (mais 900 mil euros)", afirma a companhia.

Olhando para os dados operacionais, a REN sublinha que o "sistema eléctrico nacional teve a capacidade de encaixar na sua rede os picos de produção registados, mantendo os elevados níveis de qualidade de serviço".

(Notícia actualizada às 17:37)