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Lucros da EDP descem 12% para 296 milhões de euros (act)
Eléctrica presidida por António Mexia lucrou 296 milhões de euros até Março, um resultado aquém do obtido no ano passado, devido ao impacto da reforma energética em Espanha, a efeitos cambiais e a outros impactos não recorrentes verificados em 2013. Os analistas esperavam uma queda menos intensa.
A EDP fechou o primeiro trimestre deste ano com um lucro de 296 milhões de euros, resultado que fica 12% abaixo do alcançado no mesmo período do ano passado e que reflecte, entre outros contributos, o impacto negativo das alterações regulatórias em alguns dos mercados estratégicos do grupo, como Espanha, bem como um impacto cambial negativo e a contabilização em 2013 de um ganho com a venda de activos.
A queda nos lucros foi superior ao previsto, já que os analistas consultados pela Reuters aguardavam uma queda menos intensa, de 9%, para 305 milhões de euros.
Recorde-se que na semana passada a EDP Renováveis já havia reportado uma queda de 27% do seu lucro do primeiro trimestre, para 66 milhões de euros, pressionada, em grande medida, pelo impacto negativo da reforma energética em Espanha, que é o segundo maior mercado da subsidiária de energias limpas do grupo EDP.
No período de Janeiro a Março a EDP somou um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 1.030 milhões de euros, que se situou 5% abaixo do resultado verificado no primeiro trimestre de 2013. Esta evolução é explicada pela EDP com um impacto cambial adverso no início de 2014 (no valor de 33 milhões de euros) e com o facto de no primeiro trimestre de 2013 a EDP ter tido um ganho não recorrente (de 56 milhões) com a venda de activos de gás em Espanha.
Segundo o comunicado com a apresentação dos resultados, a eléctrica presidida por António Mexia chegou ao final de Março com uma dívida líquida de 17.104 milhões de euros, valor que compara com os 17.083 milhões de euros de Dezembro de 2013. Esta terça-feira a agência Moody’s decidiu manter sob perspectiva negativa o “rating” da EDP, apontando o “perfil de endividamento elevado” da empresa como uma das razões para não melhorar a avaliação da companhia portuguesa.
No primeiro trimestre a EDP contabilizou ainda um investimento operacional de 278 milhões de euros, que compara com 228 milhões de euros em igual período de 2013. O “capex” até Março teve como principal destino a expansão da capacidade hídrica e eólica do grupo.
A EDP, que na segunda-feira realizou a sua assembleia geral de accionistas, irá esta quarta-feira apresentar aos investidores, em Londres, a actualização do seu plano estratégico para o período de 2014 a 2017.
(notícia actualizada às 17h20 com mais informação)