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Lucros da EDP sobem 5% em 2016 para 961 milhões de euros
O resultado líquido da EDP volta a subir, depois da queda em 2015. Lucros aumentaram com a ajuda do EBITDA ajustado.
"2016 foi um bom ano para o grupo EDP", disse António Mexia, acrescentando que o resultado foi "suportado pelo aumento dos resultados operacionais, EBITDA", afirmou esta quinta-feira, 2 de Março.
Este valor fica acima do esperados pelos analistas do CaixaBI que esperava lucros de 874 milhões de euros. Os lucros da EDP voltam a subir depois do recuo registado em 2015, quando desceu 12% para 913 milhões de euros. O EBITDA ajustado cresceu 6% para 3.698 milhões de euros, impulsionado pela expansão de portefólio de geração em 6% (em termos médios) e também por uma maior produção hídrica, quando a hidraulicidade em Portugal a ficar 33% acima da média histórica em 2016 contra os 26% abaixo da média em 2015. Simultaneamente, a companhia registou maiores ganhos com a gestão de energia no negócio liberalizado na Península Ibérica.
António Mexia destacou a "entrega dos compromissos perante o mercado", com o EBITDA a ficar acima do estimado em Maio (3.759 milhões). Já os lucros ficaram acima do previsto anteriormente (950 milhões) e a dívida líquida ficou 100 milhões abaixo dos 16 mil milhões previstos.
Já o EBITDA consolidado atingiu os 3.759 milhões de euros, menos 4% face a 2015, impactado pelo menor impacto de efeitos não recorrentes registado em 2015: como a venda de activos de gás em Espanha, a compra a desconto de 50% da central de Pecém I no Brasil e do impacto líquido ao nível da EDP Renováveis (57 milhões). Fora estes efeitos não recorrentes, o EBITDA ajustado subiu 6%.
A dívida líquida do grupo EDP recuou 8% em 2016 para 15.923 milhões de euros face aos 17.380 milhões de euros registados no final de 2015.
Desagregando as diferentes actividades, o EBITDA ajustado na Península Ibérica subiu 9% com o aumento dos proveitos regulados em Espanha (distribuição), pela produção hídrica acima da média histórica e pelas melhorias de eficiência.
Na EDP Renováveis, o EBITDA ajustado subiu 8% com o aumento de 11% da capacidade média instalada (EUA, México, Brasil) e pela produção eólica acima da média histórica.
Na EDP Brasil, o EBITDA ajustado recuou 7% penalizado pela desvalorização média de 4% do real.
As acções da EDP encerraram a sessão desta quinta-feira a valorizar 0,34% para 2,92 euros.
(Notícia actualizada às 18:43 com mais informação)