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Lucro da EDP aumenta 21% para 510 milhões de euros até setembro

A EDP fechou os primeiros nove meses de 2021 com lucros de 510 milhões de euros, uma subida de 21% face ao mesmo período do ano passado.

China Three Gorges detém atualmente 19% do capital da elétrica liderada por Miguel Stilwell d’Andrade.
Miguel Baltazar
04 de Novembro de 2021 às 17:41
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A EDP registou um resultado líquido positivo de 510 milhões de euros até setembro, o que representa uma subida de 21% face ao mesmo período do ano passado, quando a empresa fechou o período com lucros de 422 milhões. 

Já o resultado líquido recorrente, que exclui efeitos extraordinários, baixou 2% em termos homólogos para 510 milhões de euros. Na nota enviada esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a elétrica liderada por Miguel Stilwell refere que os resultados dos primeiros nove meses de 2021 "foram marcados pela positiva pela integração da Viesgo em Espanha e pelo bom desempenho das redes no Brasil, tendo sido penalizados pela subida dos custos com compra de energia no mercado Ibérico e por recursos eólicos abaixo da média". 

O EBITDA caiu 4% para 2.507 milhões de euros, enquanto o EBITDA recorrente recuou 1% para 2.511 milhões de euros. Excluindo o impacto das variações cambiais, de -4% face ao homólogo, teve um aumento de 3%. 

Segundo a EDP, a evolução do EBITDA foi impactada pelo segmento de Gestão de Energia, cujos resultados foram "mais fracos" face aos números "muito fortes" do ano passado, sendo que os valores de 2021 foram ainda agravados "pelo forte aumento dos preços da energia". O EBITDA da área de clientes e gestão de energia tombou 65%. 

O EBITDA do segmento de renováveis recuou 9% para 1432 milhões de euros, enquanto o negócio das redes de eletricidade fechou os primeiros nove meses com uma subida do indicador de 42%, para 940 milhões. 

A EDP ressalva que, apesar do desempenho positivo da produção hídrica na Península Ibérica e do aumento de 13%, para 13 GW, da capacidade instalada eólica e solar, "estes impactos foram mais do que compensados por recursos eólicos 5% abaixo da média, e pelos efeitos negativos do Vortex polar nos EUA no mês de Fevereiro". 


Na Península Ibérica, os custos operacionais recuaram 6%, "suportados pela crescente digitalização da rede". Em Espanha, "o processo de integração da Viesgo continuou a avançar a bom ritmo, o que mais do que duplicou a dimensão" das operações da EDP no país. 

Já o segmento de serviços a clientes e gestão de energia "foi penalizado pelo contexto actual de preços de energia e gás no mercado Ibérico". O EBITDA recorrente deste segmento tombou 66% face ao ano anterior.

No terceiro trimestre, o preço da eletricidade no mercado ibérico atingiu uma média de 118 euros por MWh, que se traduziu num aumento de 146% até setembro para 79 euros MWh, "devido a um forte aumento do preço das matérias-primas, nomeadamente o gás (+270% face aos 9M20) e licenças de CO2 (+103% face aos 9M20)".

Este "forte aumento dos preços da energia nos mercados grossistas implicou um aumento dos custos de produção e sourcing, "bem como um impacto mark-to-market negativo nos contratos de hedging de energia". 

No final de setembro, a dívida líquida da EDP ascendia a 12,1 mil milhões de euros, "em linha com Dezembro 2020". A dívida foi "impactada sobretudo pela aceleração do investimento, sobretudo em renováveis e redes no seguimento do plano estratégico, e pelo aumento do fundo de maneio, que foram mitigados pelo aumento de capital de €1,5MM da EDPR e pela emissão de €2MM de híbridos verdes". 

A EDP refere ainda que as provisões constituídas no período, de 54 milhões de euros, incluem 48 milhões "de uma contingência relacionada com o processo judicial em curso sobre a multa decidida pela autoridade da concorrência portuguesa relativa a serviços de sistema entre 2009-13".

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