Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Leilão para as éolicas no mar será no último trimestre com quatro lotes até 2 GW

Depois de o ministro do Ambiente ter admitido que o primeiro leilão das eólicas offshore será superior a 1 GW, a DGRM confirmou que o concurso terá lugar após outubro de 2023 com quatro lotes de 500 MW: um em Viana do Castelo, dois na Figueira da Foz e outro em Sines.

24 de Maio de 2023 às 13:45
  • ...
Depois de o ministro do Ambiente não se ter comprometido com datas certas para o processo de preparação do leilão eólico offshore, nem com as áreas do mar português que serão arrematadas ainda em 2023, o diretor-geral da DGRM - Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, José Carlos Simão, avançou esta quarta-feira que o primeiro procedimento concursal poderá integrar até quatro lotes, do norte ao sul do país.

Ou seja, um lote ao largo de Viana do Castelo e contíguo à zona onde está instalado o parque Windfloat Atlantic (para usar o mesmo cabo marítimo de ligação à rede elétrica nacional), mais dois lotes na região da Figueira da Foz e ainda um outro lote em Sines, este último ainda sujeito a confirmação. 

"Obviamente, de Cascais para norte ficam situadas as melhores zonas em termos de recurso eólico offshore - e por isso é aí que estão concentradas mais áreas propostas -, embora tenhamos incluído também na proposta de áreas a leiloar a região de Sines", disse José Carlos Simão. "É mais seguro que os lotes mais a norte vão avançar para o primeiro leilão", revelou durante a conferência da APREN dedicada ao tema do eólico offshore.  

De acordo com o responsável, cada um destes lotes sugeridos para o primeiro leilão deverá ter "uma capacidade de produção de 500 MW", o que significa que poderão ir a leilão entre 1,5 e 2 GW no último trimestre de 2023. Isto porque, prevê o responsável da DGRM o plano de situação final com vista à realização do leilão só deverá ficar pronto no mês de outubro. 

Mais cedo, na abertura da mesma conferência, o ministro Duarte Cordeiro tinha já confirmado que o primeiro leilão será superior a 1 GW de capacidade, sem avançar mais pormenores sobre o tema.

Antes disso, e depois da proposta preliminar das áreas de implementação das eólicas offshore já revelada, está agora a decorrer uma avaliação ambiental estratégica "por uma entidade terceira" em paralelo com a proposta de plano de afetação, que cabe à DGRM (com mais 21 entidades), com fim à vista em setembro deste ano.   

"Neste momento está a decorrer também o prazo para a Comissão Consultiva se pronunciar sobre a versão preliminar do plano de afetação. Tem 30 dias para o fazer e apresentar o seu parecer. Ao mesmo tempo decorrem também reuniões de concertação particulares com a indústria pesqueira, a Força Aérea e outras entidades que usam o espaço marítimo", disse o diretor-geral da DGRM, acrecentando: "Lá para setembro terá lugar a consulta pública para que a versão final das áreas a leilão que será apresentada ao Governo em outubro". 

José Carlos Simão congratulou-se também pelo facto de as áreas propostas pela DGRM para instalar turbinas eólicas no mar coincidirem com as áreas das propostas já apresentadas pelos investidores nacionais e internacionais interessados em ir a leilão. "Foi motivo de satisfação  perceber que estamos no bom caminho. O primeiro leilão terá lugar ainda este ano e nos próximos será feito um faseamento da restante capacidade até chegarmos aos 10 GW", rematou.
Ver comentários
Saber mais DGRMl José Carlos Simão Sines leilão eólicas offshore energia
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio