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Itália vai receber mais gás natural de Angola e da República do Congo

Os novos acordos surgem depois de um primeiro alcançado com a Argélia.

Mario Draghi - Atual primeiro-ministro - Menos poder, por mais tempo. Foi o presidente do Banco Central Europeu (BCE) que ficou conhecido como o salvador do euro quando prometeu que tudo faria para resolver a crise das dívidas soberanas. Após ter deixado o cargo, Mario Draghi (atualmente com 74 anos) foi chamado a resolver um impasse governativo em Itália, tendo-se tornado primeiro-ministro do país em fevereiro de 2021. Agora, poderá saltar para o cargo de Presidente, liderando o Estado durante a implementação do plano de recuperação e resiliência.
GUGLIELMO MANGIAPANE
21 de Abril de 2022 às 15:26
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Itália vai receber mais gás de Angola e da República do Congo após assinar dois novos acordos para diversificar as suas importações de gás e reduzir a dependência energética da Rússia.

Os novos acordos surgem depois de um primeiro alcançado com a Argélia.

Com Angola, o Governo italiano assinou na quarta-feira à noite uma declaração de intenções que reafirma a vontade de "desenvolver novas atividades no setor do gás natural" que aumentem as exportações para Itália, explicou o Ministério dos Assuntos Exteriores em comunicado.

"[O acordo com Luanda] confirma o nosso compromisso de diversificar as nossas fontes de abastecimento energético", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi di Maio, sublinhando que estes acordos representam novos laços de compromisso com "países amigos".

O segundo acordo, assinado esta quinta-feira entre a petrolífera Eni e a República do Congo na presença de di Maio e outras autoridades italianas, prevê a "aceleração e o aumento da produção de gás" neste país africano, segundo um comunicado oficial.

Itália receberá a partir de 2023 mais três milhões de toneladas anuais de gás natural liquefeito (GNL), aumentando o total exportado do Congo para mais de 4.500 milhões de metros cúbicos por ano.

"A agressão russa contra a Ucrânia, que condenamos, levou um país como a Itália à necessidade de diversificar suas próprias fontes de fornecimento de energia", disse o ministro em conferência de imprensa após a assinatura do acordo.

"Esta ação em defesa das famílias e empresas italianas soma-se aos nossos esforços para alcançar urgentemente um teto para os preços do gás na Europa", acrescentou.

Di Maio realizou, juntamente com o ministro da Transição Ecológica, Roberto Cingolani, uma viagem a vários países africanos no âmbito dos esforços do Governo italiano para diversificar as importações de energia, sobretudo após a invasão russa da Ucrânia.

Itália importa do estrangeiro quase todo o gás que consome, cerca de 90%, e aproximadamente 40% do total é proveniente da Rússia.

Sobre as reuniões com os governos angolano e congolês, Di Maio sublinhou que "a diplomacia energética é crucial nesta etapa para prevenir novas tensões no mercado global".

Em 11 de abril, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, viajou para a Argélia, o seu segundo fornecedor de gás, para assinar novos acordos para aumentar a importação de gás, que chega ao país europeu através de um gasoduto que cruza o Mediterrâneo e desemboca na Sicília.

Desta vez Draghi não pôde viajar para Angola e a República do Congo após ter sido infetado com o vírus da covid-19.
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