Notícia
Intermarché diz que só compra combustível à Repsol e à Galp
O Intermarché veio a público rejeitar as acusações da Prio de estar a negociar com empresas acusadas de fazer contrabando de combustível, garantido que só compra à Galp e à Repsol.
O Intermarché veio a público rejeitar as acusações da Prio de que negoceia com empresas acusadas de fazer contrabando de combustível a partir de Espanha.
"O combustível fornecido pelo Intermarché" tem "origem nos produtores certificados" Galp e Repsol, segundo um comunicado da Intermarché, divulgado esta segunda-feira, 26 de Fevereiro.
A rede de combustíveis dos supermercados Intermarché diz que o combustível por si comercializado é "também alvo de análises regulares - através da recolha de amostras de combustível para verificação - e auditorias realizadas por entidades externas".
"Todos os postos de abastecimento fornecidos pelo Intermarché foram certificados pela SGS, empresa que atesta a conformidade e qualidade do combustível por nós comercializado", segundo a empresa francesa.
O Intermarché reagiu assim às acusações feitas pelo presidente da Prio, Pedro Morais Leitão, em entrevista ao Jornal de Negócios/Antena 1. "Ao longo destas várias notícias que foram saindo foi identificado claramente que há lojas do Intermarché que vendem combustíveis importados nesse formato ilegal. Que existam pequenas empresas a fazer contrabando não nos parece um problema, sempre houve e haverá. Agora que haja grandes empresas a apoiar os contrabandistas é uma coisa mais grave".
Pedro Morais Leitão considera que o Intermarché tem a sua "imagem em jogo" em relação ao contrabando de combustíveis. O líder da Prio considera "inaceitável" que a rede de postos de combustível dos supermercados Intermarché não seja "penalizada" por esta questão.
"Parece que ainda se está a discutir se, de facto, estamos a falar de contrabando ou não. E no nosso entendimento não há dúvida nenhuma que é. Tal como no passado se fazia contrabando de tabaco em Elvas, está-se aqui a fazer contrabando de combustíveis para o país inteiro . E achamos inaceitável que haja uma empresa grande, visivelmente a apoiar essa actividade, e que não seja de alguma forma penalizada. A imagem do Intermarché parece-me estar em jogo nesta questão", afirmou o líder da Prio.
O Governo identificou em Janeiro um total de cinco empresas que vão comprar combustível a Espanha para depois vende-lo em Portugal sem incorporar a quantidade de biocombustível exigida na lei nacional, pois a quantidade exigida no país vizinha é inferior à portuguesa.
O Estado poderá assim ter sido lesado em 48 milhões de euros: 12 milhões de euros a menos em impostos cobrados em três anos, e 36 milhões de euros na incorporação de biocombustíveis. Os operadores foram convidados a saldar estes valores, mas perante o não-cumprimento, a ENMC recorreu aos tribunais para recuperar o dinheiro para o Estado português.
Entretanto, o Governo anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar o contrabando de combustíveis em Portugal. O "grupo de trabalho para a identificação de possíveis irregularidades na entrada de combustíveis no território nacional".
Entre os seus vários objectivos, este grupo de trabalho vai "propor medidas de modo a contribuir para a correcta aplicação da legislação nacional em vigor e para a prevenção e repressão de comportamentos que possam ser potencialmente lesivos para a concorrência do mercado e para os interesses do Estado".
"O combustível fornecido pelo Intermarché" tem "origem nos produtores certificados" Galp e Repsol, segundo um comunicado da Intermarché, divulgado esta segunda-feira, 26 de Fevereiro.
"Todos os postos de abastecimento fornecidos pelo Intermarché foram certificados pela SGS, empresa que atesta a conformidade e qualidade do combustível por nós comercializado", segundo a empresa francesa.
O Intermarché reagiu assim às acusações feitas pelo presidente da Prio, Pedro Morais Leitão, em entrevista ao Jornal de Negócios/Antena 1. "Ao longo destas várias notícias que foram saindo foi identificado claramente que há lojas do Intermarché que vendem combustíveis importados nesse formato ilegal. Que existam pequenas empresas a fazer contrabando não nos parece um problema, sempre houve e haverá. Agora que haja grandes empresas a apoiar os contrabandistas é uma coisa mais grave".
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"Parece que ainda se está a discutir se, de facto, estamos a falar de contrabando ou não. E no nosso entendimento não há dúvida nenhuma que é. Tal como no passado se fazia contrabando de tabaco em Elvas, está-se aqui a fazer contrabando de combustíveis para o país inteiro . E achamos inaceitável que haja uma empresa grande, visivelmente a apoiar essa actividade, e que não seja de alguma forma penalizada. A imagem do Intermarché parece-me estar em jogo nesta questão", afirmou o líder da Prio.
O Governo identificou em Janeiro um total de cinco empresas que vão comprar combustível a Espanha para depois vende-lo em Portugal sem incorporar a quantidade de biocombustível exigida na lei nacional, pois a quantidade exigida no país vizinha é inferior à portuguesa.
O Estado poderá assim ter sido lesado em 48 milhões de euros: 12 milhões de euros a menos em impostos cobrados em três anos, e 36 milhões de euros na incorporação de biocombustíveis. Os operadores foram convidados a saldar estes valores, mas perante o não-cumprimento, a ENMC recorreu aos tribunais para recuperar o dinheiro para o Estado português.
Entretanto, o Governo anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar o contrabando de combustíveis em Portugal. O "grupo de trabalho para a identificação de possíveis irregularidades na entrada de combustíveis no território nacional".
Entre os seus vários objectivos, este grupo de trabalho vai "propor medidas de modo a contribuir para a correcta aplicação da legislação nacional em vigor e para a prevenção e repressão de comportamentos que possam ser potencialmente lesivos para a concorrência do mercado e para os interesses do Estado".