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Combustível ilegal: Intermarché avança para tribunal contra a Prio

A decisão de avançar para tribunal contra a Prio foi a única decisão a sair da reunião do conselho de administração do Intermarché. Os associados continuam a ter total liberdade para comprar a qualquer fornecedor.

28 de Fevereiro de 2018 às 15:50
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O Intermarché decidiu avançar para tribunal contra a Prio. A decisão foi tomada depois da Prio ter acusado a empresa francesa de negociar com empresas que fazem importações ilegais de combustível a partir de Espanha.

"No seguimento das acusações infundadas da Prio sobre a venda de combustível ilegal por parte do Intermarché, o conselho de administração deliberou que vai agir judicialmente contra a Prio, empresa detida pela Oxy Capital, e contra o seu presidente [Pedro Morais Leitão], tomando todas as medidas necessárias para a salvaguarda dos seus direitos e interesses", pode-se ler no comunicado divulgado pelo Intermarché esta quarta-feira, 28 de Fevereiro.

Questionada pelo Negócios sobre a decisão anunciada pelo Intermarché, a Prio diz que "não tem mais comentários a fazer" sobre a questão dos combustíveis ilegais.

Tudo começou quando o presidente da Prio acusou o Intermarché de negociar com empresas que foram acusadas de importação ilegal de combustíveis de Espanha pelo Estado, que exige agora o pagamento de 48 milhões. "Ao longo destas várias notícias que foram saindo foi identificado claramente que há lojas do Intermarché que vendem combustíveis importados nesse formato ilegal. Que existam pequenas empresas a fazer contrabando não nos parece um problema. Agora que haja grandes empresas a apoiar os contrabandistas é uma coisa mais grave", acusou Pedro Morais Leitão, em entrevista ao Negócios e Antena 1.

"Tal como no passado se fazia contrabando de tabaco em Elvas, está-se aqui a fazer contrabando de combustíveis para o país inteiro. E achamos inaceitável que haja uma empresa grande, visivelmente a apoiar essa actividade, e que não seja de alguma forma penalizada. A imagem do Intermarché parece-me estar em jogo nesta questão", afirmou o líder da Prio.


Prio: Intermarché não pode "ignorar" que andou a comprar combustível a empresas investigadas por "contrabando"
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O presidente da Prio, Pedro Morais Leitão, defende que o Intermarché não pode "ignorar" que andou a comprar combustível a empresas que estão a ser investigadas por "contrabando" de combustíveis a partir de Espanha.

No comunicado, o Intermarché reitera que todo o combustível adquirido pela sua central de compras é fornecido pela Galp e Repsol". No entanto, os associados têm total liberdade para comprar combustível a qualquer fornecedor.


A decisão de avançar para tribunal contra a Prio foi a única decisão a sair da reunião do conselho de administração do Intermarché, confirmou o Negócios junto da empresa.

Entre os seus argumentos, a Prio aponta para uma notícia de 12 de Fevereiro do Jornal de Notícias que deu conta que a ENMC exige 6,6 milhões de euros à empresa R Star Petróleos por um alegado incumprimento de incorporação de biocombustíveis.  A ENMC exige este valor porque diz que o combustível comercializado pela empresa não terá nenhum biocombustível incorporado.

A R Star Petróleos avançou para o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto para contestar os 6,6 milhões de euros. Um dos pontos de defesa da R Star é que uma recolha de combustível de 2015 do posto de Soure do Intermarché, fornecido por pela empresa, contém 5,9% de biomcombustível, um valor abaixo dos 7,5% exigidos por lei. 
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