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Ignacio S. Galán reeleito presidente da Iberdrola até 2023
Os acionistas da energética votaram a favor da renovação do mandato de Ignacio S.Galán até 2023, completando mais de 20 anos no conselho de administração da Iberdrola.
Ignacio S. Galán, líder histórico da Iberdorla desde 2006, vai continuar a comandar a estratégia do grupo a nível mundial. Os acionistas da empresa que hoje estiveram reunidos na assembleia anual não tiveram dúvidas em renovar o mandato de Galán até 2023.
A larga maioria (98,2%) das centenas de acionistas que encheram o auditório do Palácio Euskalduna de Bilbau, terra natal da Iberdrola, votaram a favoravelmente a reeleição do gestor que integrou o conselho de administração da empresa em 2001 e, com este apoio, ficará no órgão de direção da empresa mais de 20 anos.
Este era um dos últimos pontos da agenda da assembleia-geral que aprovou ainda as contas e o plano de reforço de investimento da empresa e contou com 74% dos acionistas representados. Mas tendo em conta os fortes aplausos que Ignacio S. Galán, 68 anos, foi merecendo ao longo do seu discurso de mais de meia hora que abriu a reunião magna, não surpreendeu os presentes.
"O exercício de 2018 foi histórico para a Iberdrola. A nossa atividade no ano passado traduziu-se em vendas superiores a 35 mil milhões de euros, mais 12% do que no ano anterior", começou por referir o gestor na sua intervenção onde Portugal também foi referido como um dos principais exemplos no campo das renováveis com o sistema eletroprodutor do Tâmega.
Este projeto, que está a ser construído no Norte de Portugal prevê um investimento de 1.500 milhões de euros para a totalidade da obra, que está 45% executada e deverá estar concluída em 2023. Até ao final de 2018 o grupo tinha investido mais de 770 milhões, mais de metade. As barragens no Tâmega vão ter uma capacidade de produção anual de 1.766 gigawatts hora (GWH), o que equivale a 6% da potência instalada no país, segundo a Iberdrola.
A Iberdrola também anunciou o reforço em 30% para 34 mil milhões de euros do plano de investimento que vai focar-se essencialmente em renováveis e redes reguladas nos vários países onde está presente, entre os quais Portugal. Deste total que vai ser investido até 2022, 47% será direcionado para a construção de redes e 39% para renováveis. Mas a divisão do ‘bolo’ por mercado não é conhecida.
Após a implementação deste plano, a Iberdrola prevê aumentar a sua capacidade em 29% até 2022. E no final desse ano espera alcançar um lucro entre os 3,7 a 3,9 mil milhões de euros, um aumento de 30% face ao resultado atingido em 2018 (3 mil milhões de euros).
Além do Tâmega, a Iberdrola tem três parques eólicos em Portugal (Torres Vedras, Mortágua e Tondela e Ribeira de Pena) com uma capacidade conjunta de 220 GWh/ano.
Os acionistas do grupo espanhol aprovaram ainda o aumento de dividendos em 7,7% para 0,351 euros.