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Greenvolt vai investir até 50 milhões em nova central de biomassa em Portugal

De acordo com João Manso Neto, CEO da Greenvolt, trata-se de um investimento entre 40 e 50 milhões de euros numa nova central de biomassa na região de Mortágua, que irá substituir aquela que já existe e é operada pela empresa no local. 

A empresa liderada por Manso Neto entende que a parceria é “altamente complementar”.
Pedro Catarino
27 de Junho de 2024 às 19:32
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Depois de ter anunciado esta semana o reforço da operação da Greenvolt no Reino Unido com a compra de uma central de biomassa com 28,1 MW de potência para a produção de eletricidade - num investimento de mais de 230 milhões de euros, o CEO da energética, João Manso Neto, anunciou esta quinta-feira uma nova aposta nesta tecnologia renovável em Portugal. 

De acordo com o responsável, trata-se de um investimento entre 40 e 50 milhões de euros numa nova central de biomassa que será construída na região de Mortágua (distrito de Viseu) e  que irá substituir aquela que já existe e é operada pela empresa no local. 

O investimento deverá ter lugar entre 2024 e 2025, disse Manso Neto aos jornalistas à margem da inauguração de uma central solar com mais de 2.100 painéis instalados nos telhados de uma unidade da Teixeira Duarte no Montijo. 

Questionado sobre se a Greenvolt tem mais compras de ativos de energia na calha para este ano, Manso Neto disse que "normalmente a empresa não faz grandes aquisições". Olhando para cada segmento de negócio, em concreto, o responsável disse que na geração descentralizada não estão previstas aquisições. 

No entanto, nos projetos renováveis de larga escala a empresa poderá "comprar um projeto ou outro" e na biomassa "prevê-se a substituição da central de Mortágua" e talvez novas aquisições semelhantes à mais recente no Reino Unido, mas numa perpetiva de longo prazo. "Não espero comprar mais nada este ano", assegurou.  
   
"O nosso objetivo foi ter na biomassa um crescimento muito grande, com uma fonte de geração de  'cash flow' em Portugal e no Reino Unido", disse Manso Neto, revelando que a empresa está já a trabalhar no plano de substituição da central a biomassa de Mortágua.

"A partir de agosto esta central deixa de ter tarifas garantidas. É uma infraestrutura com 25 anos. A alternativa será construir uma nova central. Há um decreto-lei que defina a nova tarifa, só estamos à espera que saia uma portaria que define o procedimento efetivo", sublinhou ainda o CEO, garantindo que o novo projeto será no mesmo local, com um investimento projetado de "40 a 50 milhões entre 2024 e 2025". 
 
"Este tipo de centrais precisam de subsidiação, porque a utilização de biomassa em Portugal tem uma externalidade que é prevenção de incêndio, o que tem de ser compensado, porque senão não funciona. Os custos marginais são muito altos", apontou.

No contexto do grupo Greenvolt, a produção de eletricidade a partir da queima de biomassa biomassa florestal residual ou de resíduos urbanos da madeira é o 'core business' da empresa, que detém neste momento seis  centrais elétricas de biomassa em Portugal e no Reino Unido, que produzem anualmente mais de 1.000 GWh: 
Mortágua (10 MW), Constância (13 MW), Ródão (13 MW), Figueira da Foz I (30 MW), Figueira da Foz II (34,5 MW) e Tilbury Green Power (41,6 MW).

A central Mortágua foi inaugurada em 1999 como a primeira no país a produzir energia elétrica a partir da biomassa florestal.

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