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Greenvolt passa de lucros a prejuízos de 2,7 milhões no primeiro trimestre

Nos primeiros três meses do ano, as receitas operacionais da empresa cresceram 60%, para 101,6 milhões de euros.

João Manso Neto é CEO da Greenvolt desde 2021, ano da entrada em bolsa.
Phil Boutefeu
25 de Junho de 2024 às 01:15
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A empresa de energias renováveis Greenvolt registou perdas de 2,7 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, contra um lucro de 300 mil euros no mesmo período do ano passado.

 

"O resultado líquido atribuível à Greenvolt, excluindo o efeito das operações descontinuadas, foi de -1,5 milhões de euros, sendo o resultado líquido total atribuível ao grupo de -2,7 milhões de euros", refere a empresa no comunicado das contas divulgado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Estes resultados, sublinha a Greenvolt, refletem os baixos preços da eletricidade no Reino Unido e o esforço de investimento em curso no segmento "utility-scale" (energias renováveis de larga escala), "onde não ocorreram novas operações de rotação de ativos durante o trimestre".


Já as receitas operacionais ascenderam, entre janeiro e março, a 101,6 milhões de euros (+59,9% em termos homólogos) e o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou 18,7 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 21% face ao mesmo período de 2023.

 

Quanto a perspetivas futuras, a empresa liderada por João Manso Neto refere que "o impacto do KKR na estrutura de capital reforçou e continuará a reforçar a posição financeira e as capacidades estratégicas da empresa, proporcionando um apoio vigoroso e oportunidades de investimento".


"A Greenvolt continua confiante na sua direção estratégica e prevê um aumento significativo dos resultados para 2024 em comparação com 2023. A empresa continua a concentrar-se na expansão da sua carteira de projetos de energias renováveis, no reforço da sua posição no mercado e na criação de valor a longo prazo para as suas partes interessadas", remata a empresa, que é controlada pelo fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR).

 

A KKR, recorde-se, comunicou que irá excluir a Greenvolt de bolsa quando conseguir 90% ou mais da cotada de energias renováveis – através da OPA obrigatória, a lançar por já deter 78,9%, ou até antes: por via do aumento de capital que decorre da conversão de 200 milhões de euros de obrigações em ações, ou por via do capital que o Mediobanca pode adquirir no âmbito do acordo de "swaps" celebrado com o fundo norte-americano.

 

Esta noite, a Greenvolt anunciou também a aquisição da totalidade do capital social da Kent Renewable Energy, proprietária de uma central de biomassa no Reino Unido com uma capacidade de 28 MW (eletricidade)/25 MWth (calor) e um load factor de 95%.
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