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Greenvolt acorda compra de central de biomassa no Reino Unido por 231 milhões

A empresa liderada por Manso Neto vai adquirir 100% da britânica KREL, que detém a central com capacidade de produção de 28,1 MW de eletricidade e25 MWth de calor.

CEO da Greenvolt disse que os fundos do PRR acabaram por ter um efeito negativo “ao adiar investimentos que ficaram parados à espera de apoio”.
Duarte Roriz
25 de Junho de 2024 às 00:35
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A Greenvolt celebrou – através da Hamlet Bidco Limited, sociedade que detém indiretamente – um contrato para a aquisição de 100% da Kent Renewable Energy Limited (KREL), segundo o comunicado divulgado na madrugada desta terça-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

A KREL detém uma central de produção de energia renovável a partir de biomassa para geração de calor e eletricidade, em Sandwich, no sudeste de Inglaterra, refere a Greenvolt, sublinhando que "a central está totalmente operacional e tem uma capacidade de produção de 28,1 MW de eletricidade e 25 MWth de calor".

 

A transação está avaliada em 195,3 milhões de libras (230,85 milhões de euros) e "espera-se que esteja concluída até outubro deste ano, sujeita às condições e aprovações habituais", aponta a empresa liderada por João Manso Neto (na foto).

 

"A central beneficia dos incentivos às energias renováveis para a biomassa no Reino Unido – o Renewable Obligations Scheme (ROC) até 2037 e o Renewable Heat Incentive (RHI) até 2039", diz o comunicado.

 

Todas as necessidades de abastecimento de combustível – principalmente biomassa florestal sustentável – essenciais ao funcionamento da central são abrangidas por um abastecimento a longo prazo, e a central é operada pela Burmeister and Wain Scandinavian Contractor A/S, ao abrigo de um contrato de longo prazo, salienta ainda o documento.


"Este projeto consolida a posição da Greenvolt como uma referência no mercado da biomassa de origem local no Reino Unido", remata a Greenvolt, que é controlada pelo fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR).

 

A KKR, recorde-se, comunicou que irá excluir a Greenvolt de bolsa quando conseguir 90% ou mais da cotada de energias renováveis – através da OPA obrigatória, a lançar por já deter 78,9%, ou até antes: por via do aumento de capital que decorre da conversão de 200 milhões de euros de obrigações em ações, ou por via do capital que o Mediobanca pode adquirir no âmbito do acordo de "swaps" celebrado com o fundo norte-americano.

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