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Greenvolt acorda compra de central de biomassa no Reino Unido por 231 milhões
A empresa liderada por Manso Neto vai adquirir 100% da britânica KREL, que detém a central com capacidade de produção de 28,1 MW de eletricidade e25 MWth de calor.
A Greenvolt celebrou – através da Hamlet Bidco Limited, sociedade que detém indiretamente – um contrato para a aquisição de 100% da Kent Renewable Energy Limited (KREL), segundo o comunicado divulgado na madrugada desta terça-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A KREL detém uma central de produção de energia renovável a partir de biomassa para geração de calor e eletricidade, em Sandwich, no sudeste de Inglaterra, refere a Greenvolt, sublinhando que "a central está totalmente operacional e tem uma capacidade de produção de 28,1 MW de eletricidade e 25 MWth de calor".
A transação está avaliada em 195,3 milhões de libras (230,85 milhões de euros) e "espera-se que esteja concluída até outubro deste ano, sujeita às condições e aprovações habituais", aponta a empresa liderada por João Manso Neto (na foto).
"A central beneficia dos incentivos às energias renováveis para a biomassa no Reino Unido – o Renewable Obligations Scheme (ROC) até 2037 e o Renewable Heat Incentive (RHI) até 2039", diz o comunicado.
Todas as necessidades de abastecimento de combustível – principalmente biomassa florestal sustentável – essenciais ao funcionamento da central são abrangidas por um abastecimento a longo prazo, e a central é operada pela Burmeister and Wain Scandinavian Contractor A/S, ao abrigo de um contrato de longo prazo, salienta ainda o documento.
"Este projeto consolida a posição da Greenvolt como uma referência no mercado da biomassa de origem local no Reino Unido", remata a Greenvolt, que é controlada pelo fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR).
A KKR, recorde-se, comunicou que irá excluir a Greenvolt de bolsa quando conseguir 90% ou mais da cotada de energias renováveis – através da OPA obrigatória, a lançar por já deter 78,9%, ou até antes: por via do aumento de capital que decorre da conversão de 200 milhões de euros de obrigações em ações, ou por via do capital que o Mediobanca pode adquirir no âmbito do acordo de "swaps" celebrado com o fundo norte-americano.