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Greenvolt lucra 11,9 milhões no ano de estreia

A empresa liderada por João Manso Neto faturou 141,5 milhões de euros no ano passado, o que representa um crescimento de 57,1%.

16 de Março de 2022 às 07:55
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A Greenvolt encerrou o exercício de 2021 com lucros ajustados de 11,9 milhões de euros, mais 2,8% ou 328 mil euros do que em 2020, indicou esta quarta-feira a empresa liderada por João Manso Neto. Os lucros ajustados excluem custos de transação e respetivo impacto fiscal associado e reversões de perdas de imparidades não recorrentes. Incluindo estes itens, os lucros cifraram-se em 8 milhões de euros, uma quebra de 55,3% face a 2020.

As receitas totais ascenderam a 141,5 milhões de euros, o que representa uma subida de 57,1% em termos homólogos, enquanto o EBITDA atingiu os 56,5 milhões de euros, mais 71,2% do que um ano antes.

A empresa assinala que o EBITDA excluindo custos de transação "ascendeu a cerca de 61,6 milhões de euros (+87%)" e destaca que o pipeline de projetos de desenvolvimento de energia solar fotovoltaica e eólica é de cerca de 5,8 GW, aproximadamente 1,5 vezes superior ao registado aquando do IPO, em julho do ano passado.

O CEO, João Manso Neto, classifica o exercício de 2021 como "histórico". O responsável começa por recordar que no ano passado "a empresa foi criada e debutou de forma bem-sucedida na bolsa de Lisboa no dia 15 de julho" e destaca que a Greenvolt é "um operador de referência à escala europeia" na biomassa residual.

A empresa assinala igualmente que o ano passado "ficou marcado pelas aquisições da Tilbury Green Power ("TGP"), no segmento da biomassa residual, mas também da V-Ridium ("V-R") no negócio da energia solar fotovoltaica e eólica, juntamente com acordos de co-desenvolvimento em Itália e na Grécia. Ao nível do segmento de geração energética descentralizada, de enorme importância para uma transição energética rápida, foram adquiridas a Profit Energy ("Profit") e a Perfecta Energia ("Perfecta")".

A produção elétrica total da empresa no ano passado cifrou-se em 873,3 GWh injetados na rede, mais 19,2% do que em 2020.

O segmento de biomassa residual, que se encontra mais maduro, registou receitas totais de 131,4 milhões de euros no total de 2021, um crescimento de 46%, enquanto o EBITDA excluindo custos de transações ascendeu a cerca de 64,5 milhões de euros, o que se traduz num crescimento de 95% face a 2020. 

Quanto a perspetivas para este ano, a Greenvolt prevê que "se materializem projetos de tipo orgânico e potenciais aquisições no negócio da geração renovável distribuída, segmento que está a registar um crescimento exponencial". 

A nível orgânico, no que respeita ao negócio da biomassa, "pretende-se um aprofundamento da política de melhoria contínua e de digitalização ao nível das suas centrais, bem como a análise de projetos que visem reforçar a eficiência operativa, em particular na central de TGP", detalha.

Já este ano, a Greemvolt concluiu a aquisição da Oak Creek Energy Systems, nos EUA, e entrou no mercado alemão, com a assinatura do contrato de aquisição de uma participação acionista de 35% na MaxSolar, que conta com um pipeline de projetos de 3,2 GW. Em Portugal foi "estabelecido um acordo de co-desenvolvimento de projetos solares fotovoltaicos em Portugal com a Infraventus, um promotor de referência no mercado português, com um pipeline de 243 MW".

"Prevê-se que durante o exercício de 2022 se concretizem os primeiros processos de vendas de ativos na Polónia e, por outro lado, em Portugal, entrará em funcionamento a central de energia solar fotovoltaica de Tábua, com cerca de 48 MWp, e as Unidades de Pequena Produção, com cerca de 14MWp", acrescenta.

Perfecta Energia com área de negócio para empresas

"Na geração renovável distribuída, tendo em conta a tendência de crescimento que se tem vindo a sentir, na medida em que o autoconsumo é uma solução óbvia para uma redução efetiva da fatura energética, a GreenVolt acredita que durante o exercício de 2022 se materializem projetos de tipo orgânico e potenciais aquisições. Ao nível orgânico, será lançada, em prazo ainda a definir, uma nova área de negócio da Perfecta Energia (que atualmente se dedica apenas ao segmento residencial) dirigida ao segmento comercial e industrial".
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