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Greenvolt à conquista da Ásia: primeiros projetos solares na Indonésia já estão em desenvolvimento

Com uma posição maioritária na Emerging Solar Indonesia desde o final de 2023 (a qual poderá vir a controlar a 100% em 2027), a Greenvolt acaba de assinar um acordo com uma associação industrial daquele país asiático com vista a cobrir os telhados dos edifícios com painéis solares para autoconsumo e partilha de energia

05 de Agosto de 2024 às 16:09
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Depois de se ter estreado no mercado asiático no último trimestre de 2023, através da compra de 50,3% da empresa Emerging Solar Indonesia - que atua no segmento das energias renováveis, nomeadamente através de contratos de compra e venda de energia, com uma forte presença comercial no mercado indonésio - a Greenvolt prepara-se agora para expandir em força a sua atividade no país. 

Na prática, a empresa liderada por João Manso Neto quer exportar o conceito de comunidades de energia e projetos de autoconsumo coletivo para a Indonésia, com foco sobretudo na indústria do país, anunciou a empresa em comunicado. E tem já vários projetos em desenvolvimento neste momento, sabe o Negócios.  

Além da Greenvolt, com uma posição maioritária, o capital da ESI está também nas mãos do grupo internacional de energias renováveis Spectrum-R, que opera em países emergentes. A Emerging Solar Indonesia foi criada em 2021 como subsidiária da britânica Spectrum-R para o país, dedicada sobretudo ao solar descentralizado para o setor industrial (investimento, construção, operação e manutenção), com escritórios em Bali e Jacarta. 

No que diz respeito à ESI, a Greenvolt tem ainda a possibilidade de aumentar a sua participação na empresa de 50,3% para 100% em 2027. 

Antes disso, as duas acionistas da ESI assinaram agora um memorando de entendimento com a Himpunan Kawasan Industri Indonesia (HKI) - uma associação industrial local, fundada em 1988 - para promover a energia solar junto da indústria do país asiático, fomentando o autoconsumo coletivo e a partilha de energia.

A HKI conta hoje com 112 empresas associadas, em 24 províncias da Indonésia, cobrindo uma área bruta total de mais de 120 mil hectares de parques industriais que albergam mais de 9.500 indústrias. Todas elas com um enorme potencial para a instalação de painéis solares fotovoltaicos nos telhados e terrenos circundantes, para alimentar o consumo próprio e partilhar energia entre si. 

O Negócios sabe que com este acordo a Greenvolt planeia apostar no autoconsumo de energia elétrica através de contratos de venda de eletricidade de longa duração, através da ESI a nível local. A energética portuguesa já tem alguns projetos em desenvolvimento, mas para já não revela mais pormenores. 

Além da Indonésia, no ano passado a Greenvolt expandiu a sua operação para cinco outros novos mercados, no que diz respeito ao solar descentralizado:Grécia, Itália, Roménia, França e Irlanda. 

"Temos know-how no desenvolvimento de soluções de geração distribuída de energia renovável em várias geografias. E podemos trazer esse conhecimento para a Indonésia, permitindo às empresas passarem a beneficiar da energia solar", refere Ricardo Mendes Ferreira, diretor executivo da Greenvolt para a Geração Distribuída, citado em comunicado. 

Por seu lado, a ESI diz que "esta parceria com a HKI que permitirá aos membros da associação HKI obterem acesso a energia renovável para um futuro mais sustentável. Não só beneficiarão da redução da sua pegada de carbono, mas também do aumento da competitividade do seu investimento", refere Harry Radcliffe, CEO da ESI.

Do lado da gestora dos maiores parques industriais da Indonésia, Sanny Iskandar, chairman da HKI, salientou que a parceria será um "game changer" para a indústria indonésia. "Ao combinarmos os nossos recursos e experiência, podemos criar um futuro mais sustentável para o setor industrial indonésio".

Na abertura do evento anual a nível nacional da HKI, o ministro indonésio da Indústria, Agus Gumiwang Kartasasmita, defendeu que "os parques industriais devem transformar-se imediatamente em parques industriais de quarta geração que integrem tecnologia ambientalmente consciente". 

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