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Governo tem 1,5 milhões para carros eléctricos nos sistemas intermunicipais

Depois da administração central e das autarquias, o Governo vai lançar uma linha de apoio à compra de veículos eléctricos para sistemas intermunicipais. Empresas de gestão de resíduos ou de água podem beneficiar.

Miguel Baltazar/Negócios
Wilson Ledo wilsonledo@negocios.pt 31 de Maio de 2017 às 14:22

O Governo vai lançar uma nova linha de apoio de 1,5 milhões de euros para financiar a compra de 130 carros eléctricos por sistemas intermunicipais.

A novidade foi avançada esta quarta-feira, 31 de Maio, pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes. O objectivo, explica, passa por "dispensar outros" veículos mais poluentes.


Segundo o governante, poderão beneficiar deste apoio sistemas intermunicipais em áreas como a gestão de resíduos, tratamento de águas ou gestão do ambiente.


A nova linha vem assim complementar um aviso lançado para as autarquias para a compra de veículos eléctricos. "Conseguimos garantir 20 milhões de euros de investimento e a aquisição de 300 novos veículos todos eles eléctricos", explicou.


Também com bastante procura está o programa ECO.mob, dirigido à administração pública, com cinco milhões de euros. Se o programa previa a compra de 170 veículos, as "candidaturas são quase de 400". 
Por isso mesmo, Matos Fernandes espera que a dotação do programa no próximo ano seja "mais generosa".

"Portugal está longe de poder orgulhar-se do que fez na mobilidade", defendeu o ministro à margem da apresentação do Plano de Eficiência e de Produção de Energia do grupo Águas de Portugal (ADP).


O governante elogiou a intenção da ADP em ter 100 veículos eléctricos na sua frota e criar 50 postos de carregamento espalhados por todo o país.


Recado a Donald Trump


No seu discurso, João Pedro Matos Fernandes enviou ainda um recado ao presidente norte-americano Donald Trump, juntando-se às vozes de António Guterres e do Papa Francisco sobre o acordo do clima.


"Se o senhor Trump agir mal – já não digo abandonar mas relaxar o compromisso com Paris – há inevitavelmente um prejuízo para todos nós", afirmou.


Para o ministro do Ambiente, o futuro da economia "só pode ser verde", daí que seja um "disparate económico" quem procura fugir a esta tendência, como Trump.


"Temos toda a consciência de que se não fizermos nada para a redução significativa dos gases de estufa, é já em 2036 que o Armageddon [fim do mundo] pode estar à nossa frente", acrescentou.

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