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Governo: Plano de investimentos da REN é "feito sempre de forma ambiciosa"

O Governo defende que o Parlamento escrutine os planos de investimento da REN, pois o investimento pesa nas tarifas pagas pelas famílias e empresas. O Executivo quer reforçar a rede de electricidade no sul do país para acomodar produção de energia solar.

Bruno Simão/Negócios
04 de Janeiro de 2017 às 14:40
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Os planos de investimento da Redes Energéticas Nacionais (REN) vão passar este ano a ser discutidos e aprovados no Parlamento. O Governo considera que a medida é essencial pois estes investimentos vão depois ser pagos via tarifas de electricidade e de gás das famílias e das empresas em Portugal.

 

"Este tipo de investimentos faz todo o sentido ser discutido desta forma", disse o Secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, esta quarta-feira, 4 de Janeiro, no Parlamento. "Os investimentos nas redes são feitos pelos promotores, e a Assembleia da República, sob proposta do governo, vai passar a fazer uma discussão sobre os planos de investimentos nas redes, que vai chegar nos próximos dias ao Parlamento".

 

"A REN é agora uma empresa privada, é titular do centro do despacho que decide o planeamento da energia em Portugal, e propõe os investimentos que quer fazer", começou por explicar o governante. "A REN é remunerada sobre os activos que tem, ou seja, quantos mais activos tiver mais remuneração tem. Quem é que não quer ganhar mais dinheiro? Qualquer um quer. O plano é feito sempre de forma ambiciosa, correcta, mas ambiciosa", afirmou Seguro Sanches (na foto).

 

"Em termos de planos de investimento de transportes de electricidade, são mais de mil milhões de euros. Se os mil milhões do plano entrarem depois na factura, nem vale a pena depois falarmos" em medidas para reduzir custos", sublinhou na comissão parlamentar de economia.

 

Recorde-se que no ano passado a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) chumbou o plano de investimento na rede de transporte de electricidade apresentado pela REN. Este plano previa um investimento superior a mil milhões de euros para os próximos anos nas redes de transportes de electricidade.  

 

A ERSE dizia que o montante total de investimento de 1.165 milhões de euros previstos no plano "continua a parecer desajustado face à evolução ocorrida e prevista do consumo e da ponta de utilização da rede nacional de transportes (RNT)". O parecer negativo da ERSE não é vinculativo, e sob o regime anterior a sua aprovação estava nas mãos do Governo, mas tudo vai mudar este ano, com o plano  a terem de passar pelo crivo do Parlamento. 

 

Também no plano de investimentos para o gás natural, a ERSE defendeu o adiamento do investimento de 160 milhões na terceira interligação de gás entre Portugal e Espanha, pois poderia ter impacto nos preços do gás. Também este plano vai ser agora escrutinado no Parlamento. 

  

Jorge Seguro Sanches defendeu que o próximo plano de investimentos na rede de electricidade deve ter em conta o crescimento da produção da energia solar, com várias centrais solares a surgirem principalmente no Alentejo, devido à maior radiação solar nesta região. "O que faz sentido é que o país olhe para o potencial solar no sul do país, para que o sul do país possa ter um desenvolvimento nas redes, pois é no sul onde há mais sol", afirmou.

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