Notícia
Governo abre concurso para que central do Pego passe do carvão às renováveis
O concurso vai ser aberto no próximo mês de setembro.
No final de novembro a produção de energia a partir de carvão vai terminar na Central do Pêgo. Para definir o futuro da central, o Governo decidiu abrir um concurso, que vai dar acesso ao ponto de rede que liga atualmente a central à rede pública, e que vai agora receber projetos de energia renovável.
"O Ministério do Ambiente e da Ação Climática irá lançar, em setembro, um procedimento concursal com vista à atribuição do ponto de injeção na Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) atualmente ocupado pela Central Termoelétrica a carvão do Pego", anunciou o próprio ministério, através de um comunicado.
O objetivo, esclarece o Governo, é que este ponto seja adjudicado para "um projeto exclusivamente focado na produção de energia de fontes renováveis". Neste âmbito, o ministério inclui a produção de eletricidade renovável, a produção de gases renováveis, a produção de combustíveis avançados e/ou sintéticos, ou um mix destes, "sendo ainda valorizada a inclusão de soluções de armazenamento de energia".
Outro dos critérios é o "nível da criação de valor económico para a região", nomeadamente a criação de novos postos de trabalho no médio-longo prazo ao mesmo tempo que se mantêm os atuais, mas também pela obrigação de que a sede do adjudicatário se situe em Abrantes. De acordo com a estimativa avançada à Lusa pelo presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, a desativação da central a carvão deveria afetar cerca de 85 empregos.
Também é valorizada a rapidez: quanto menos tempo entre o terminus da atividade a carvão e o início dos novos projetos, melhor. Fica ainda da responsabilidade do novo adjudicatário a implantação de uma zona piloto destinada à experimentação em ambiente real de novas tecnologias de inovação e desenvolvimento no âmbito das energias renováveis.