Notícia
Galp em "discussões preliminares" com potenciais parceiros no petróleo da Namíbia
Apesar de revelar estas "discussões preliminares", o CEO da Galp, Filipe Silva, garantiu que não quer "apressar qualquer transação" para a venda de 40% na participação do projeto petrolífero na Namíbia.
O CEO da Galp, Filipe Silva, revelou esta segunda-feira numa "conference call" com analistas, após a apresentação de resultados do primeiro semestre de 2024, que a petrolífera está já a levar a cabo "discussões preliminares" com potenciais parceiros para o projeto na Namíbia.
A empresa anunciou descobertas de importante relevância comercial no país africano, onde detém 80% do projeto de exploração da área de Mopane. O objetivo é que um futuro parceiro assuma metade (40%) dessa participação.
O responsável anunciou também que a Galp vai perfurar o primeiro de mais quatro poços petrolíferos na Namíbia no quarto trimestre de 2024.
Apesar de revelar estas "discussões preliminares", Filipe Silva garantiu que não quer "apressar qualquer transação". "Podemos manter a posição atual posição enquanto trabalhamos para reduzir o risco. Vamos dar prioridade a um parceiro que permita desenvolver rapidamente o projeto. Queremos uma parceria real para desenvolver o projeto de Mopane", disse o CEO, acrescentando que, para já, os trabalhos de perfuração estarão concentrados nesta região. "Não estamos ainda a olhar para o norte do complexo".
Quanto ao investimento nos trabalhos exploratórios, disse que não se deve extrapolar o custo dos dois primeiros poços para mais quatro poços. "Vai ficando cada vez mais barato por poço", disse. Ainda assim, garantiu que os números do investimento da empresa serão revistos. "Vamos gerir os dois processos [perfuração de poços e nova parceria] de forma separada, mas em paralelo".
Questionado sobre se a empresa poderia recuar na intenção de perfurar mais poços na Namíbia, Filipe Silva disse que para os dois primeiros poços a decisão é "irreversível". No entanto, para 2025 haverá "maior flexibilidade" nos planos. "Queremos reduzir riscos o mais rapidamente possível. No primeiro e segundo poços não vamos mudar o que temos em mente".
"São os primeiros tempos deste projeto na Namíbia, mas para já está a correr bem", disse ainda Filipe Silva, garantindo que as conversações com o Governo da Namíbia e com os atuais parceiros têm corrido bem.
No final de maio, a Bloomgerg tinha já avançado que a Galp iria levar a cabo em junho uma primeira ronda de licitações por parte de empresas interessadas em ficarem com metade da sua participação de 80% no projeto petrolífero que a empresa detém na Namíbia. Nessa altura, a empresa não quis fazer comentários sobre o tema.
Do lado das empresas interessadas, gigantes energéticas mundiais como a americana Exxon Mobil e a britânica Shell já disseram que vão concorrer para ficar com parte do projeto de Mopane, bem como a francesa Total Energias e a norueguesa Equinor.
Com base nas mais recentes estimativas da própria Galp, de que o projeto petrolífero na Namíbia poderá conter reservas de 10 mil milhões barris de petróleo equivalente para todo o complexo de Mopane, a descoberta está avaliada em "20 mil milhões de dólares (18,4 mil milhões de euros ao câmbio atual), ou potencialmente mais", disseram as fontes citadas pela Bloomberg.
A Galp estará a trabalhar em parceria com um consultor financeiro externo para vender 40% dos ativos namibianos.
Para 2024, Filipe Silva apontou um valor a rondar os 150 milhões de euros para continuar a realizar perfurações na região de Mopane, a 200 quilómetros da costa namibiana. Para a campanha de prospeção petrolífera naquele território, o responsável previu um investimento total de 200 a 300 milhões de euros. O CEO garante que a empresa "vai manter uma posição elevada" no consórcio.
Depois das duas primeiras perfurações, estão previstos mais quatro furos em novos poços. "O capital necessário para o desenvolvimento do projeto da Namíbia será financiado pelo nosso novo parceiro", o que deverá acontecer "no final de 2024, início de 2025". O CEO não revelou se esta parceria já está ou não decidida. Sobre uma potencial entrada em produção, falou do "final da década", dizendo que "ainda é cedo para fazer previsões".
"O investimento nas perfurações dos dois poços foi menor do que esperávamos. Para já, as exigências de ‘capex’ são leves e não é esperado que o financiamento futuro seja feito pela Galp. Por isso, vamos reduzir a nossa participação de 80% para uma percentagem mais baixa", disse.
A Galp fechou o primeiro semestre do ano com lucros "replacement cost ajustado" (RCA) de 624 milhões de euros, uma subida de 23% face aos 508 milhões obtidos em igual período de 2023, indicou esta segunda-feira a energética, em comunicado à CMVM.
Olhando apenas para o segundo trimestre, os lucros foram de 299 milhões, mais 16% que no período homólogo. O valor é também superior em relação ao obtido no primeiro trimestre deste ano, 325 milhões.
Quanto ao total de 2024, a petrolífera reviu as suas previsões em alta, para um EBITDA superior a 3,1 mil milhões de euros. Quanto ao investimento, as estimativas são de mil milhões de euros, já incluindo a campanha na Namíbia, mas também refletindo um arrefecimento no desenvolvimento de renováveis. A empresa calcula que irá receber 1,2 mil milhões de euros do desinvestimento em Moçambique e da venda do petróleo de Angola.
Em relação a São Tomé e Príncipe, Filipe Silva disse que "ainda falta olhar para muitos dados para decidirmos onde e quando vamos perfurar" para tentar encontrar petróleo. "Vamos decidir o nosso futuro no país".
A empresa anunciou descobertas de importante relevância comercial no país africano, onde detém 80% do projeto de exploração da área de Mopane. O objetivo é que um futuro parceiro assuma metade (40%) dessa participação.
Apesar de revelar estas "discussões preliminares", Filipe Silva garantiu que não quer "apressar qualquer transação". "Podemos manter a posição atual posição enquanto trabalhamos para reduzir o risco. Vamos dar prioridade a um parceiro que permita desenvolver rapidamente o projeto. Queremos uma parceria real para desenvolver o projeto de Mopane", disse o CEO, acrescentando que, para já, os trabalhos de perfuração estarão concentrados nesta região. "Não estamos ainda a olhar para o norte do complexo".
Quanto ao investimento nos trabalhos exploratórios, disse que não se deve extrapolar o custo dos dois primeiros poços para mais quatro poços. "Vai ficando cada vez mais barato por poço", disse. Ainda assim, garantiu que os números do investimento da empresa serão revistos. "Vamos gerir os dois processos [perfuração de poços e nova parceria] de forma separada, mas em paralelo".
Questionado sobre se a empresa poderia recuar na intenção de perfurar mais poços na Namíbia, Filipe Silva disse que para os dois primeiros poços a decisão é "irreversível". No entanto, para 2025 haverá "maior flexibilidade" nos planos. "Queremos reduzir riscos o mais rapidamente possível. No primeiro e segundo poços não vamos mudar o que temos em mente".
"São os primeiros tempos deste projeto na Namíbia, mas para já está a correr bem", disse ainda Filipe Silva, garantindo que as conversações com o Governo da Namíbia e com os atuais parceiros têm corrido bem.
No final de maio, a Bloomgerg tinha já avançado que a Galp iria levar a cabo em junho uma primeira ronda de licitações por parte de empresas interessadas em ficarem com metade da sua participação de 80% no projeto petrolífero que a empresa detém na Namíbia. Nessa altura, a empresa não quis fazer comentários sobre o tema.
Do lado das empresas interessadas, gigantes energéticas mundiais como a americana Exxon Mobil e a britânica Shell já disseram que vão concorrer para ficar com parte do projeto de Mopane, bem como a francesa Total Energias e a norueguesa Equinor.
Com base nas mais recentes estimativas da própria Galp, de que o projeto petrolífero na Namíbia poderá conter reservas de 10 mil milhões barris de petróleo equivalente para todo o complexo de Mopane, a descoberta está avaliada em "20 mil milhões de dólares (18,4 mil milhões de euros ao câmbio atual), ou potencialmente mais", disseram as fontes citadas pela Bloomberg.
A Galp estará a trabalhar em parceria com um consultor financeiro externo para vender 40% dos ativos namibianos.
Para 2024, Filipe Silva apontou um valor a rondar os 150 milhões de euros para continuar a realizar perfurações na região de Mopane, a 200 quilómetros da costa namibiana. Para a campanha de prospeção petrolífera naquele território, o responsável previu um investimento total de 200 a 300 milhões de euros. O CEO garante que a empresa "vai manter uma posição elevada" no consórcio.
Depois das duas primeiras perfurações, estão previstos mais quatro furos em novos poços. "O capital necessário para o desenvolvimento do projeto da Namíbia será financiado pelo nosso novo parceiro", o que deverá acontecer "no final de 2024, início de 2025". O CEO não revelou se esta parceria já está ou não decidida. Sobre uma potencial entrada em produção, falou do "final da década", dizendo que "ainda é cedo para fazer previsões".
"O investimento nas perfurações dos dois poços foi menor do que esperávamos. Para já, as exigências de ‘capex’ são leves e não é esperado que o financiamento futuro seja feito pela Galp. Por isso, vamos reduzir a nossa participação de 80% para uma percentagem mais baixa", disse.
A Galp fechou o primeiro semestre do ano com lucros "replacement cost ajustado" (RCA) de 624 milhões de euros, uma subida de 23% face aos 508 milhões obtidos em igual período de 2023, indicou esta segunda-feira a energética, em comunicado à CMVM.
Olhando apenas para o segundo trimestre, os lucros foram de 299 milhões, mais 16% que no período homólogo. O valor é também superior em relação ao obtido no primeiro trimestre deste ano, 325 milhões.
Quanto ao total de 2024, a petrolífera reviu as suas previsões em alta, para um EBITDA superior a 3,1 mil milhões de euros. Quanto ao investimento, as estimativas são de mil milhões de euros, já incluindo a campanha na Namíbia, mas também refletindo um arrefecimento no desenvolvimento de renováveis. A empresa calcula que irá receber 1,2 mil milhões de euros do desinvestimento em Moçambique e da venda do petróleo de Angola.
Em relação a São Tomé e Príncipe, Filipe Silva disse que "ainda falta olhar para muitos dados para decidirmos onde e quando vamos perfurar" para tentar encontrar petróleo. "Vamos decidir o nosso futuro no país".