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Galp aumenta produção de petróleo em 20% com impulso do Brasil
A produção de petróleo da Galp cresceu 20% no segundo trimestre, período em que a cotação média do Brent subiu 50% em termos homólogos. A área de refinação e distribuição,pelo contrário, registou quebras.
A produção de petróleo da Galp Energia aumentou 20% no segundo trimestre deste ano, um período em que o crescimento no Brasil ajudou a compensar as quebras registadas em Angola.
Segundo os dados do "trading update", divulgados esta segunda-feira, 16 de Julho, o indicador de produção "working interest" – a produção bruta de matéria-prima, sobretudo petróleo, que inclui todos os custos decorrentes das operações – cresceu 20% entre Abril e Junho, face ao mesmo período do ano passando, fixando-se nos 108,1 mil barris produzidos por dia. Em relação aos três meses anteriores, a subida foi de 4%.
No que respeita à produção média "net entitlement" a subida foi de 21% face ao segundo trimestre de 2017 para 106,7 mil barris - dos quais 94,6 mil barris em petróleo e os restantes de gás natural - e de 4% face aos primeiros três meses deste ano. Esta melhoria foi possibilitada pela evolução da actividade no Brasil, que registou um crescimento de 24%, com a entrada em operação, em Maio do ano passado, da P66, a unidade de produção flutuante mais recente no pré-sal brasileiro. Em Angola, a actividade registou uma quebra de 15%.
No período em análise, a cotação média do Brent cresceu 50% face ao trimestre homólogo para 74,4 dólares.
Se a área de exploração e produção foi de crescimento para a petrolífera portuguesa, o mesmo não aconteceu na actividade de refinação e distribuição, na comparação com o segundo trimestre do ano passado. Entre Abril e Junho, as matérias-primas processadas caíram 5% enquanto as vendas de produtos refinados ficaram inalteradas. Contudo, a margem de refinação aumentou 6% em termos homólogos e 83% em termos trimestrais. Na comparação com os três meses anteriores, tanto as matérias-primas processadas como as vendas de produtos refinados cresceram 14%.
Relativamente ao ramo de gás natural e energia, todos os indicadores melhoraram em relação ao segundo trimestre de 2017.
As vendas totais de gás natural ou gás natural liquefeito cresceram 10% enquanto as vendas a clientes directos subiram 8%. Já as vendas no mercado internacional ("trading") aumentaram 12%.
Os dados divulgados esta segunda-feira estão sujeitos a alterações, podendo diferir dos resultados trimestrais que serão apresentados no próximo dia 30 de Julho, antes da abertura do mercado.