O governo francês iniciou um processo de venda de 3,1% na GDF Suez, ou 75 milhões de acções, podendo elevar essa posição para 3,6%, ou 86 milhões de acções, através de uma acelerada colocação institucional, anunciaram terça-feira à noite, em comunicado conjunto, o ministro das Finanças, Michel Sapin, e da Economia, Arnaud Montebourg, citado pela Bloomberg. Esta venda pode atingir, pelo menos, 1,79 mil milhões de euros. 

O Estado francês é o maior accionista da GDF Suez com 36,7%, pelo que o montante a vender permitirá manter-se com pelo menos um terço do capital ou dos direitos de voto.

"A venda é parte de uma política para gerir activamente as participações do Estado", disseram os ministros.

Com a venda dao governo francês pretende também financiar a compra de 20% da Alstom, conform acordado no fim-de-semana.

A construtora francesa Bouygues anunciou este domingo que acordou com o governo francês a venda de uma posição de 20% no grupo industrial Alstom, viabilizando assim a venda da unidade energética do grupo à norte-americana General Electric.

A Bouygues emitiu um comunicado dando conta que o negócio com o governo francês será fechado por uma verba mínima de 35 euros por acção, reduzindo assim a sua participação na Alstom dos actuais 29% para 9%, segundo a agência Bloomberg.

O entendimento entre a construtora e o Estado francês, representado pelo governo, era essencial para que o meganegócio entre a General Electric (GE) e a Alstom avançasse.

Recorde-se que o governo francês é o maior accionista da GDF Suez com uma participação de 36,7%.